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Eu também tenho um sonho
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Eu também tenho um sonho

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26/06/2020
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I Have a Dream ou “Eu Tenho um Sonho” é o nome popular dado ao histórico discurso feito pelo ativista americano, o pastor Martin Luther King, no qual pregava a necessidade de união e coexistência harmoniosa entre negros e brancos. O discurso, realizado em agosto de 1963 em Washington, foi um momento decisivo na história do Movimento Americano pelos Direitos Civis, feito nos degraus do Lincoln Memorial em frente a uma plateia de mais de duzentas e cinquenta mil pessoas.

Passados mais de 65 anos, os Estados Unidos avançaram muito em relação ao verdadeiro apartheid que existia na época, mas ainda está longe de uma convivência harmoniosa entre negros, brancos e outras raças. Mas isso não é privilégio dos americanos como a morte de George Floyd mostra. Racismo é uma praga que permeia a vida de todos os países, com maior ou menor intensidade.

Este ano a Fundação José Luiz egydio Setúbal havia decidido trabalhar a inclusão como tema social. Abordaremos desde assuntos delicados como a inclusão de gênero, raça, deficiências de vários aspectos, entre outros.

Aqui no Brasil publicado no início de junho de 2018, o Atlas da Violência 2018 mostra uma má notícia para nossos jovens. Ele apresenta um aumento de homicídios em jovens entre 15 e 29 anos em praticamente todo o Brasil e com predomínios de jovens negros.

Em 11 anos, o Brasil enterrou 325 mil jovens assassinados, ou quase sete vezes o número de soldados americanos mortos em ação em 20 anos da Guerra do Vietnã (1955-1975) segundo o jornal Folha de S.Paulo. Só em 2016, 33.600 jovens foram assassinados, sendo 95% do sexo masculino. Esse número é 7,5% maior em relação a 2015.

Houve aumento na quantidade de jovens assassinados, em 2016, em vinte Estados, com destaque para Acre (85%) e em apenas sete verificou-se redução, com destaque para Paraíba, Espírito Santo, Ceará e São Paulo, onde houve diminuição entre 14% e 16%.

Considerando a década 2006-2016, o país sofreu aumento de 23% segundo dados que constam do Atlas da Violência 2018, publicação do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Consideradas apenas as mortes de jovens do sexo masculino, que representam 94% dos casos, a taxa média nacional sobe de 65 para 123 por 100 mil.

A desigualdade racial também está mostrada no perfil dos homicídios onde de 2006 a 2016, o número de negros alvos de homicídio aumentou 23%, enquanto o de não-negros caiu 7%. Em 2016, a taxa de homicídio de pretos e pardos (40/100 mil) era duas vezes e meia maior que a de não negros (16/100 mil). Já a taxa de mortes violentas intencionais de mulheres negras era 71% mais alta que a de não-negras.

Racismo não é problema de negros, é uma relação que todos nós fazemos parte. Todos devemos querer o fim do patriarcado, do racismo e outras estruturas sociais que levam a desigualdade e injustiças que persistem há centenas de anos.

“Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter”, diz o reverendo King em determinado momento de seu discurso. Eu também tenho este sonho, que um dia as crianças e jovens do Brasil, dos EUA, e do mundo possam viver em paz, não sendo julgadas pela sua crença, pela cor da sua pele, pela opção sexual ou qualquer outra coisa que cause preconceito. Eu também tenho este sonho.

Saiba mais:

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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