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A exposição segura das crianças ao chumbo
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A exposição segura das crianças ao chumbo

A exposição segura das crianças ao chumbo

11/10/2016
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A intoxicação por chumbo é conhecidamente grave e atinge mais adultos, pois se acumula no organismo com o tempo. Porém, pode atingir também as crianças e, por esta razão, a Academia Americana de Pediatria (AAP) está preocupada com o assunto como mostra este artigo.

 

Em meio a crescente evidência de que mesmo níveis baixos de chumbo podem causar dificuldades cognitivas, acadêmicas e comportamentais permanentes nas crianças, a AAP divulgou um compromisso nacional para eliminar suas fontes antes de ocorrer a exposição. Mesmo com a metade dos níveis anteriormente considerados seguros, há crescentes evidências de que uma criança exposta ao chumbo pode sofrer alterações cognitivas e problemas comportamentais irreversíveis.

 

Em recomendações atualizadas publicadas em junho, a AAP convoca os políticos e a comunidade médica a tomarem medidas adicionais para proteger as crianças contra esta ameaça de saúde crítica.

 

A AAP pede a adoção de regras mais rigorosas, recursos federais e ações conjuntas de funcionários do governo e pediatras na declaração de política. Identificar e eliminar as fontes antes de ocorrer a exposição é a única maneira confiável para proteger crianças de envenenamento por chumbo.

 

A  Associação solicita ainda requisitos legais para serem removidos de habitação e de cuidados infantis instalações contaminadas e assegurar fontes de água nas escolas que não excedam as concentrações de chumbo de uma parte por bilhão.

 

Até recentemente, as crianças foram identificadas como tendo um “nível de preocupação” de chumbo no sangue. Evidências indicam que alguns problemas começam a níveis inferiores a metade desse montante, incluindo menores faixas de QI e desempenho acadêmico, desatenção, impulsividade, agressividade e hiperatividade.

 

Apesar das quedas nas concentrações de chumbo no sangue das crianças depois que os EUA eliminaram o chumbo da gasolina, tintas e outros produtos de consumo, as crianças ainda estão expostas ao chumbo em suas casas e comunidades.

 

As crianças que vivem em casas mais antigas ou mal conservadas, estão particularmente em risco. Assim são aqueles que vivem perto de aeroportos e fábricas, onde há contaminação por chumbo ou poluição de rios e lagos que refletem nas tubulações que levem água às torneiras. Alguns brinquedos, louças, vinil, latas de alumínio importadas, materiais e outros produtos de consumo também contêm chumbo. Adultos que trabalham em segmentos como de armas de fogo, onde o pó de chumbo é prevalente a partir do uso de balas de chumbo, também podem expor as crianças, pois podem levar na roupa.

 

A AAP recomenda a pediatras e outros prestadores de cuidados primários, uma conduta para triagem de crianças para as concentrações de chumbo no sangue elevada entre 12 e 24 meses de idade e se viverem em áreas onde 25% ou mais da habitação foi construída antes de 1960.

 

Eles devem monitorar as crianças que têm concentrações de chumbo no sangue acima de 5 microgramas por decilitro e rotineiramente recomendar avaliações individuais de habitação mais velha, particularmente se não for bem mantida ou foi submetida a renovação ou reparação nos últimos seis meses, que podem ter gerado poeiras contaminadas com chumbo.

 

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

Fontes:  Pediatrics, July 2016, VOLUME 138 / ISSUE 1

Gross Motor Milestones and Subsequent Development

Akhgar Ghassabian, Rajeshwari Sundaram, Erin Bell, Scott C. Bello, Christopher Kus, Edwina Yeung

http://revista.fmrp.usp.br/2009/vol42n3/Simp7_Diagnostico_e_tratamento_intoxicacao_%20por_chumbo.pdf

http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,intoxicacao-por-chumbo-matou-400-criancas-menores-de-5-anos-na-nigeria,620867

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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