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Metais pesados ​​em alimentos para crianças
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Metais pesados ​​em alimentos para crianças

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20/09/2022
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Notícias dos garimpos ilegais na Amazônia são sempre um alerta para as pessoas preocupadas com o meio ambiente, não só pela degradação da floresta, mas também pelos danos que causam em toda a cadeia de biossistemas.

O mercúrio, metal pesado utilizado para a garimpagem do ouro, é um dos mais preocupantes, pois não desaparece e é acumulado em todo ser vivo que o consome. Assim, o peixe que está naquelas águas, uma vez contaminado e consumido por um animal ou pelo próprio homem, levará o mercúrio para aquele outro ser.

O consumo de metais pesados em criança é perigoso pois eles se acumulam durante toda a vida. Aqui estão algumas informações da Academia Americana de Pediatria sobre o risco de exposição a metais tóxicos para crianças e como ajudar a minimizá-lo.

Os metais pesados ​​na comida podem prejudicar o meu bebê?

Os baixos níveis de metais pesados ​​encontrados em alimentos para bebês provavelmente são uma parte relativamente pequena do risco geral de exposição a metais tóxicos de uma criança. No entanto, a exposição de todas as fontes deve ser minimizada. A exposição pode ser prejudicial ao cérebro em desenvolvimento e ela tem sido associada a problemas de aprendizagem, cognição e comportamento. Lembre-se de que muitos fatores genéticos, sociais e ambientais influenciam o desenvolvimento saudável do cérebro, e a exposição a metais tóxicos é apenas mais um desses fatores.

Como os metais pesados ​​entram nos alimentos?

Os metais são encontrados naturalmente na crosta terrestre. Eles também são liberados em nosso meio ambiente como poluição e entram na água e no solo usados ​​para cultivar alimentos. Os metais ainda podem entrar nos alimentos a partir do processo de fabricação e embalagem. Alguns dos metais mais comuns que entram nos alimentos, de acordo com a Food & Drug Administration dos Estados Unidos, incluem arsênico inorgânico, chumbo, cádmio e mercúrio. No Brasil, metais pesados como zinco, cádmio, mercúrio e chumbo continuam poluindo o solo, a água e atingem o mangue, afetando a vida da população. Isso ocorre porque os diques construídos para conter a água contaminada não têm recebido manutenção e os terrenos próximos ficam comprometidos, assim como os peixes e crustáceos dessas regiões.

Como posso reduzir a exposição do meu bebê a metais tóxicos?

Regras e regulamentos mais fortes para testar e limitar a quantidade de metais pesados ​​em alimentos para bebês e crianças pequenas são mais importantes. Porém, há vários passos que os pais podem tomar agora para reduzir o risco de que as crianças sejam expostas a metais tóxicos em sua dieta:

Sirva uma variedade de alimentos. Dê ao seu filho uma dieta bem equilibrada, que inclua uma variedade de frutas, legumes (lave em água fria antes de preparar e servir), grãos e proteínas magras. Comer uma variedade de alimentos saudáveis ricos em nutrientes essenciais pode diminuir a exposição a metais tóxicos e outros contaminantes encontrados em alguns alimentos.

Leia os rótulos. Misturas de alimentos para bebês com vários ingredientes podem ser uma boa opção. Esteja ciente de que muitos têm pouca variedade. Misturas de sabores diferentes, como couve/pera e espinafre/abóbora, por exemplo, podem ter batata-doce como primeiro ingrediente. É importante ler o rótulo dos ingredientes para ter certeza de que você está oferecendo uma verdadeira variedade de alimentos.

Mude seus grãos. Cereais infantis fortificados podem ser uma boa fonte de nutrição para bebês, mas o cereal de arroz não precisa ser o primeiro ou único utilizado. O arroz tende a absorver mais arsênico das águas subterrâneas do que outras culturas. Você pode incluir uma variedade de grãos na dieta do seu bebê, incluindo aveia, cevada, cuscuz, quinoa, farro e bulgur. Os cereais infantis multigrãos podem ser uma boa escolha. Tente evitar o uso de leite de arroz e xarope de arroz integral, que às vezes são usados como adoçante em alimentos processados ​​para crianças.

Dicas para escolher e cozinhar arroz para seus filhos

Tenha em mente que, entre os diferentes tipos de arroz, o integral tende a ter os maiores níveis de arsênico. O arroz branco e o arroz de sushi tendem a ter níveis mais baixos. Ao fazer arroz a partir do zero, lave-o primeiro. Cozinhe em água extra e escorra o excesso quando estiver pronto.

Verifique sua água. Os metais pesados ​​podem entrar na água da torneira. O arsênico pode contaminar a água do poço e os canos mais antigos podem conter chumbo, por exemplo. Você pode entrar em contato com o departamento de saúde local para testar sua água se isso for uma preocupação.

Amamente se possível. A amamentação, em vez da alimentação com fórmula, também pode ajudar a reduzir a exposição a metais tóxicos. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a amamentação como a única fonte de nutrição para o seu bebê por cerca de seis meses.

Evite suco de frutas. Ofereça aos bebês e crianças pequenas frutas inteiras fatiadas ou em purê em vez de suco de caixinha. Alguns sucos de frutas podem conter níveis preocupantes de metais pesados. Além disso, o suco é rico em açúcar e não tão rico em nutrientes quanto a fruta inteira. Fique com leite materno ou fórmula para bebês com menos de seis meses de idade e água e leite depois que eles atingirem um ano.

Faça escolhas saudáveis ​​de peixe. Alguns tipos de peixes podem ser ricos em uma forma de mercúrio chamada metilmercúrio e outros metais. De maior preocupação são os peixes grandes, predadores que comem outros peixes e que vivem mais, como o tubarão, o espadarte e o atum branco/albacora. Comer muito peixe contaminado pode prejudicar o desenvolvimento do sistema nervoso de uma criança. O peixe é uma excelente fonte de proteína e outros nutrientes que as crianças precisam, e muitos outros têm baixo teor de mercúrio. Procure opções como salmão, bacalhau, peixe branco e escamudo.

A variedade também é importante para a comida caseira dos bebês. Existem vários benefícios em fazer a própria comida fresca em casa: pode ser econômica, evita possíveis contaminantes do processamento ou embalagem e você ainda pode escolher os ingredientes. Lembre-se de sempre utilizar uma boa variedade de alimentos.

Minimize os riscos de chumbo em sua casa. Existem outras maneiras importantes de ajudar a reduzir a exposição do seu bebê a metais tóxicos. A fonte mais comum de exposição ao chumbo, por exemplo, é a pintura descascada ou lascada de casas mais antigas. Solo, alguns cosméticos e especiarias, água e certas ocupações e hobbies também podem ser fontes de exposição.

Não fume ou use o vape. O fumo passivo, tanto de cigarros comuns quanto de cigarros eletrônicos (vape), podem expor as crianças a metais como cádmio e chumbo. Lembrando que, embora estejam à venda, os cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil. O vape permite que os metais tóxicos das bobinas entrem no ar e sejam inalados. O fumo passivo também contém substâncias químicas nocivas que podem aumentar o risco de câncer.

A comida orgânica para bebês é melhor?

Alimentos orgânicos para bebês podem ter níveis mais baixos de certos pesticidas e outros produtos químicos. Como os metais pesados ​​são encontrados no solo e podem entrar em alimentos preparados a partir do processamento, os alimentos orgânicos geralmente contêm níveis semelhantes de metais pesados ​​aos alimentos não orgânicos.

Meu bebê deve ser testado para exposição a metais pesados?

Até que mais informações sobre metais em alimentos para bebês estejam disponíveis, especialistas dizem que não há necessidade de testar as crianças. Exames que analisam o cabelo de uma criança quanto à exposição a metais tóxicos também não são recomendados, pois esse tipo de teste não é cientificamente comprovado e, muitas vezes, é impreciso.

Se você estiver preocupado com os metais pesados ​​na comida do bebê, converse com seu pediatra.

Fontes:

Saiba mais:

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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