PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
Fraturas em crianças
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
Fraturas em crianças

Fraturas em crianças

02/06/2014
  28171   
  0
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

Nós, no Hospital Infantil Sabará, contamos com uma equipe de ortopedia com profissionais especializados no atendimento infantojuvenil. Para nós, isto faz toda a diferença. Sendo o atendimento de fraturas e traumas muito frequentes, toda a equipe especializada pode facilitar o atendimento dos pediatras.

Como posso saber se o meu filho quebrou um osso?

Embora o termo fratura possa soar sério, é apenas um outro nome para um osso quebrado. Como você provavelmente se lembra de sua própria infância, as fraturas são muito comuns. Na verdade, elas são a quarta lesão mais comum entre as crianças menores de seis anos de idade. Quedas causam a maioria das fraturas nessa faixa etária, mas as mais graves fraturas ósseas geralmente resultam de acidentes de carro, bicicletas, skates e patins.

Um osso quebrado em uma criança é diferente de um adulto, porque ossos jovens são mais flexíveis e têm uma cobertura mais espessa, o que os torna mais capazes de absorver choques. Quando ocorre em uma criança, raramente uma fratura necessita de intervenção cirúrgica. Para resolver o problema, geralmente imobiliza-se o local com gesso.

Tipos de fraturas

A maioria das fraturas presentes nos jovens é mais conhecida como “galho verde”, na qual o osso quebra apenas de um lado, mas não está totalmente fraturado como em uma fratura “completa”, na qual o osso quebra inteiro. O segundo tipo é mais comum em crianças pequenas.

O fato de ainda estarem crescendo torna os ossos dos pequenos vulneráveis a um tipo adicional de fratura que não ocorre em adultos. Isto envolve danos nas placas de crescimento nas extremidades dos ossos, que regulam o crescimento futuro. Se essa parte do osso não curar corretamente após a fratura, o osso pode crescer em um ângulo ou mais lentamente do que os outros ossos do corpo. Infelizmente, o impacto sobre o crescimento do osso pode não ser visível por um ano ou até mais após a lesão, de modo que essas fraturas devem ser cuidadosamente seguidas pelo pediatra por 12 ou 18 meses após a lesão. Assim, certifica-se que nenhum dano ao crescimento ocorreu.

As fraturas que envolvem lesão na placa de crescimento às vezes precisam de cirurgia para minimizar o risco de problemas de crescimento futuro. Fraturas em torno do cotovelo, muitas vezes, curam normalmente após serem imobilizadas na posição curvada.

As fraturas também são classificadas como “não-alinhadas”, quando as extremidades quebradas ainda estão na posição correta, ou “alinhados”, quando os fins são separados ou fora do alinhamento. Em uma fratura “exposta”, o osso fura a pele e fica visível. Se a pele está intacta, a fratura está “fechada”.

Sinais e sintomas

Nem sempre é fácil dizer quando um osso é quebrado, especialmente se o seu filho é muito jovem para descrever o que ele está sentindo. Normalmente, com uma fratura, você vai ver o inchaço e seu filho vai apresentar fortes dores e incapacidade de mover o membro fraturado. Entretanto, apenas porque o seu filho pode mover o osso não exclui necessariamente uma fratura. Toda vez que você suspeitar, notifique o seu pediatra imediatamente.

Tratamento no local do acidente

Até que seu filho seja visto no consultório do pediatra, ou centro de atendimento de urgência, use uma tipoia improvisada ou jornal ou revista enrolada como uma tala para proteger a lesão do movimento desnecessário.

Não dê nada para a criança tomar com o objetivo de aliviar a dor sem primeiro consultar o médico, mas se o seu pequeno é uma criança mais velha, você pode usar uma bolsa de gelo ou uma toalha fria, colocada no local da lesão, para diminuir a dor. O frio extremo pode causar lesão na pele delicada de bebês e crianças, por isso não use gelo com as crianças tão jovens.

Se seu filho quebrou a perna, não tente movê-lo. Ligue para o 192 para uma ambulância; Deixe os paramédicos supervisionarem seu transporte para que a criança fique o mais confortável possível e sua dor seja amenizada.

Se uma parte da lesão está aberta e sangrando, ou se o osso está saliente através da pele, coloque uma pressão firme sobre a ferida; em seguida, cubra-o com água limpa (de preferência estéril) e gaze. Não tente colocar o osso de volta debaixo da pele. Após o tratamento desta lesão, é preciso ficar atento quanto ao surgimento da febre, que pode indicar que a ferida infeccionou.

Tratamento profissional

O médico irá pedir raios X para determinar a extensão dos danos. Se o médico suspeitar que a placa de crescimento do osso foi afetada, ou se os ossos estão fora de linha, uma consulta ortopédica será necessária.

Como os ossos das crianças curam-se mais rapidamente, um gesso de fibra de vidro, ou às vezes apenas uma tala imobilizadora, é tudo o que é necessário para resolver fraturas mais leves. Para uma fratura não alinhada, um cirurgião ortopédico pode ter que realinhar os ossos. Isto pode ser feito como uma “redução fechada”, em que o cirurgião utiliza anestesia, manipula os ossos até que eles estejam em linha reta, e em seguida, aplica-se uma imobilização. Uma “redução aberta” é um procedimento cirúrgico, mas isso raramente é necessário para as crianças. No Sabará, fazemos estes procedimentos no Centro Cirúrgico e sob anestesia por se tratar de crianças e jovens.

Após a intervenção cirúrgica, uma imobilização será usada até que o osso esteja curado, o que normalmente leva cerca de metade do tempo que os ossos adultos necessitam, ou menos, dependendo da idade da criança.

A boa notícia sobre ossos jovens é que eles não tem que estar em perfeito alinhamento. Enquanto eles estão mais ou menos no lugar certo, vão remodelar à medida que crescem. O seu pediatra pode pedir raios X periódicos enquanto o osso está se curando, só para ter certeza de que eles estão se alinhando adequadamente.

Normalmente a imobilização traz alívio rápido, ou pelo menos uma diminuição da dor. Se seu filho tem um aumento da dor, dormência ou dedos ou pés pálidos ou azuis, contate o seu médico imediatamente. Estes são sinais de que a extremidade inchou e requer mais espaço dentro do gesso e necessita ser reavaliado.

Ossos que foram quebrados, muitas vezes, formam um calo no local da ruptura durante o processo de cicatrização. Especialmente com uma clavícula quebrada, isso pode parecer desagradável, mas não existe um tratamento para isso, e o nó não será permanente. O osso vai remodelar e retomar a sua forma normal em poucos meses.

Leia também: Lesão nos dedos e a prática esportiva

Fonte: Cuidados com o Bebê e Crianças: nascimento até a idade 5 (Copyright © 2009 Academia Americana de Pediatria)

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o tratamento médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 12 de junho de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

mensagem enviada

  • Leila eugym disse:

    Minha bebe tem um ano e nove meses e tava o pai tava dando papa ele virou para colar o prato na mesa e a bebe caiu da cadeira e quebrou a cravicola levei no medico ele imobilisou e ta tratando *mas eu gostaria de saber ao certo quanto tempo leva para o ossinho dela sara eu to com tanto medo ela se mexe de mas por favor me ajudem

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.