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Mais uma vez os escorpiões estão de volta
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Mais uma vez os escorpiões estão de volta

Mais uma vez os escorpiões estão de volta

16/07/2018
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Chega o inverno, com ele vem a estiagem e favorece o aumento os casos de picadas por escorpiões no Estado de São Paulo. Notícia da morte de uma criança picada por um escorpião amarelo no interior de São Paulo chocou as pessoas, mas está longe de ser um fato isolado. Foi sepultado no dia 11, o corpo de Yasmin Lemos de Campos, de quatro anos, vítima de picada por escorpião em Cabrália Paulista, no interior. Mas podemos ver outras notícias correlatas:

  • “Criança de cinco anos morre após ser picada por escorpião em Araçatuba

“Agricultor morre após ser picado por escorpião em Nova Granada“Menino de oito anos morre após picada por escorpião em Ribeirão Preto

 

Com o período de estiagem outras crianças já perderam a vida este ano vítimas de escorpiões no Estado. Em Sumaré, um menino morreu no último sábado (07/07), seis dias após ser picado pelo bicho ao calçar um tênis. Em abril deste ano outro garoto, este de seis anos, também foi vítima do bicho peçonhento, mas em Barra Bonita. E sem soro na cidade, teve de ser mandado para o hospital de Jaú, onde acabou falecendo.

Os números crescem desde 2011, quando houve 7.017 ataques e já são 11,5 mil casos este ano, ante 21,7 mil em 2017, 18.829 em 2016 e 15.107 em 2015. A Secretaria de Saúde de São Paulo informou que apenas redistribui o soroantiescorpiônico, sendo a aquisição e a distribuição de responsabilidade do Ministério da Saúde. Esclareceu também que “o envio de ampolas a São Paulo continua ocorrendo de forma irregular e que a necessidade é de 650 ampolas por mês, mas em julho por exemplo o Estado recebeu apenas 126 ampolas. Já o Ministério da Saúde dá outros números e diz que em julho São Paulo recebeu 350 doses e que os Estados.

De acordo com o estudo do Laboratório de Artrópodes do Instituto Butantã, são registradas mais de 20 mil ocorrências de picadas de escorpião nos últimos anos nas regiões urbanas do Estado de São Paulo, sendo que 10 mil ocorreram apenas na capital paulista.

O acúmulo de lixo em moradias, entulhos em terrenos baldios, velhas construções, pilhas de madeira, tijolos e caixas de luz são os locais que lideram o índice de concentração de escorpiões que fazem desses lugares seus esconderijos.

A dor causada pela picada do escorpião tem início imediato e a intensidade é variável conforme a evolução do veneno. Em crianças, as manifestações do efeito da picada podem ser mais graves e acarretam quadros de náuseas e vômitos, alteração na pressão sanguínea, agitação e falta de ar. Quando isso acontece, o recomendado é lavar o local da picada com água e sabão e fazer compressas mornas que ajudam a aliviar a dor. Segundo o site do Ministério da Saúde, não é recomendado fazer o torniquete (ou garrote), furar, cortar, queimar, espremer e fazer sucção na ferida. Lembre-se de levar o paciente ao médico assim que o acidente acontecer.

Os principais causadores das picadas em centros urbanos são os escorpiões-amarelos e marrons. Eles são caracterizados pela fácil adaptação em ambientes sem saneamento básico e com acúmulo de lixo. Além disso, o desmatamento e o crescimento desordenado das áreas urbanas favorecem os ataques, uma vez que os animais ficam desabrigados e buscam alimentos dentro das residências.

As cinco dicas de prevenção para não sofrer picadas de escorpião são:

1- Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem;

2- Examinar calçados e roupas pessoais de cama e banho, antes de usá-las;

3- Não acumular lixo orgânico, entulhos e materiais de construção;

4- Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés; utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos; manter limpos os locais próximos das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros; combater a proliferação de insetos, principalmente baratas e cupins;

5- Preservar predadores naturais como seriemas, corujas, sapos, lagartixas e galinhas; limpar terrenos baldios pelo menos na faixa de um a dois metros junto ao muro ou cercas.

Para pesquisadores do Instituto Butantã, o aumento no número de acidentes com escorpiões está relacionado ao avanço do desmatamento e à capacidade de adaptação do animal. O escorpião se urbanizou, se acostumou a viver ao redor do homem, principalmente nas periferias dos municípios. O pesquisador informa que, neste ano, seu grupo de pesquisa documentou uma terceira espécie no Estado, com a introdução de uma espécie típica do Nordeste, o Tytius stigmurus.

Saiba mais sobre o assunto:

Por Dr. José Luiz Setúbal.

Fontes:

  1. https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,menina-de-4-anos-morre-apos-ser-picada-por-escorpiao,70002398631
  2. https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sintomas-doencas-tratamentos/picadas-de-escorpioes/

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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