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Pesquisa analisa o comportamento dos pais perante incômodos na saúde dos filhos
Simplesmente, rotular uma criança que é saudável como detentora de uma “doença” faz com que os pais deem medicação aos filhos, mesmo quando eles foram informados que drogas são ineficazes, conforme um estudo realizado em maio pela revista Pediatrics.
O estudo, “Influência da Etiqueta DRGE sobre a decisão dos pais para medicar Crianças“, mostrou como os pais inclusos nessa pesquisa, realizada em uma clínica pediátrica em Michigan, reagiriam a um cenário clínico hipotético com o intuito de que eles descrevessem uma criança saudável que chora e que cospe excessivamente.
Os pais foram aleatoriamente designados para receber uma das quatro vinhetas. Em algumas, o médico deu o diagnóstico da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). Em outros, o médico não forneceu um rótulo para doença. Metade dos pais disseram que os medicamentos existentes são, provavelmente, ineficazes. Quanto ao resto, as informações não foram dadas.
Os pais que receberam o diagnóstico da DRGE estavam interessados em medicar o bebê, mesmo quando disseram que os remédios eram ineficazes. Aqueles que não receberam um rótulo de doença estavam interessados em uma receita somente quando o médico não discutisse sobre o medicamento ser eficaz.
Os autores concluem que os rótulos de doenças, como a DRGE, e as informações sobre a ineficácia de medicamentos podem influenciar fortemente o interesse dos pais. Este estudo sugere que os médicos podem reduzir o interesse sobre as dosagens de remédios por não rotular os sintomas como DRGE e explicam aos responsáveis que o refluxo de ácido dos medicamentos não são eficazes, conforme os autores do estudo afirmaram.
Por Dr. José Luiz Setúbal
Fonte: Influence of ‘GERD’ Label on Parents’ Decision to Medicate Infants | Pediatrics