PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
Regurgitação, vômito ou refluxo?
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
Regurgitação, vômito ou refluxo?

Regurgitação, vômito ou refluxo?

29/08/2012
  60527   
  4
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

Como pediatra, vejo sempre as mães preocupadas em saber se o que seu filho tem é regurgitação ou vômito, ou ainda fazem aquela pergunta: “será que não é refluxo?”. Realmente parece ser tudo igual e por mais que o pediatra insista nas diferenças, elas não são óbvias para quem não é profissional da saúde.

Mas como podemos diferenciar? É fácil, o vômito é quando a criança expulsa o conteúdo gástrico fazendo força, é uma atividade reflexa e que conta com a participação dos músculos, que muitas vezes é acompanhada de náuseas, sudorese e mal estar. Quem já vomitou sabe do que estamos falando. A regurgitação do recém-nascido (ou refluxo fisiológico) é a expulsão do conteúdo gástrico sem haver participação dos músculos e sem sintomas, em geral, por aumento da pressão no abdômen.

Sabe-se que 67% das crianças que mamam aos 4 meses de idade, apresentam mais de uma regurgitação por dia. A frequência diminui ao longo do primeiro ano de vida, chegando a 5% com 1 ano de vida. Quando a regurgitação persiste após esta idade, o paciente deve ser avaliado por especialista, principalmente para descartar o diagnóstico de anormalidades anatômicas, como má rotação e obstrução gástrica. É importante dizer que crianças que regurgitam não têm dificuldade de ganho pondero-estatural e este é considerado um evento benigno com evolução natural, ao contrário dos vômitos, que geralmente estão associados a alguma patologia.

Já o refluxo esofágico da criança que mama é um evento que necessita acompanhamento pelo pediatra ou, em casos mais graves, do gastroenterologista pediátrico. Pode ser devido a muitas causas, sendo as mais comuns a alergia à proteína do leite de vaca e infecções. As principais manifestações clínicas da doença do refluxo gastroesofágico no lactente são:

1- Regurgitações e vômitos;
2- Dificuldade para mamar;
3- Aumento na frequência de eructações (arrotos) e soluços;
4- Náuseas;
5- Choro excessivo, irritabilidade, dificuldade para dormir;
6- Déficit de ganho de peso e/ou crescimento;
7- Apneia e síndrome da quase morte súbita;
8- Rouquidão e estridor (guincho no final da inspiração);
9- Sibilância (chiado no peito).

Leia também: As diferenças quanto ao refluxo em lactentes

Os tratamentos vão ser diferentes e devem ser orientados pelo médico, para certificar que o diagnóstico está correto. No vômito, além de sintomáticos antieméticos (remédios que aliviam as náuseas, enjoos e vômitos), precisamos tratar a causa, geralmente uma infecção gastrointestinal ou urinária. A regurgitação é tratada com dietas e posição elevada da cabeceira do berço, e em alguns casos com medicação apropriada. O refluxo precisa ser bem avaliado e sua causa diagnosticada, para o tratamento específico.

Saiba mais sobre vômitos, desidratação e diarreias

Em caso de dúvida, converse com seu pediatra.

Fonte: temas de pediatria – professor Dr. Mauro Batista

Atualizado em 26 de março de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

mensagem enviada

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.