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No Brasil, afogamento é a segunda causa de morte por causa externa entre crianças de 1 a 4 anos, segundo levantamento da Sobrasa (Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático). Além disso, é a terceira causa de morte na faixa de 5 a 14 anos; e a quarta entre 15 e 19 anos. O local de maior ocorrência dos acidentes são os rios (54%), seguido das represas (34%). No Brasil, 12 pessoas morrem afogadas por dia.
Muitas dessas mortes de crianças pequenas ocorrem quando não se esperava que as crianças nadassem ou quando tivessem acesso imprevisto à água. As crianças são curiosas por natureza, é por isso que devemos implementar outras estratégias, como cercas de piscina e fechaduras.
A segunda faixa etária com maior risco de morte por afogamento são os adolescentes: jovens entre 10 e 19 anos se afogam. Os adolescentes podem ter excesso de confiança em suas habilidades de natação e são mais propensos a combinar o uso de álcool com a natação – aumentando significativamente o risco.
Entre as estratégias para proteger as crianças em cada fase de suas vidas, novos pais são aconselhados a ficarem vigilantes na hora do banho e a esvaziar todos os baldes e piscinas rasas imediatamente após o uso. Todas as crianças devem aprender a nadar assim que possível, e crianças e adolescentes devem usar coletes salva-vidas perto de corpos d’água abertos. Os adolescentes podem aprender medidas de primeiros socorros e outras habilidades de segurança na água.
A prevenção de lesões tem sido uma prioridade dos pediatras, e as iniciativas de saúde pública nos últimos 50 anos levaram a reduções dramáticas nas mortes por lesões relacionadas a acidentes com veículos motorizados, como o uso de cinto de segurança, cadeirinha para crianças, redução da velocidade e sistema de pontuação. Talvez pudéssemos pensar em políticas públicas e campanhas semelhantes para diminuir mortes por causas externas em crianças.
Em 2017, quase 1.000 crianças morreram por afogamento e 8.700 visitaram o pronto-socorro de um hospital por causa de um evento de afogamento – com crianças e adolescentes em maior risco.
Pesquisas descobriram que aulas de natação são benéficas para crianças a partir de 1 ano de idade e podem reduzir as taxas de afogamento. Aprender a nadar é uma ótima atividade familiar. As famílias podem conversar com o pediatra sobre se o filho está pronto para as aulas de natação e, em seguida, procurar um programa que tenha instrutores experientes e bem treinados.
Mesmo as melhores aulas de natação não podem tornar uma criança “à prova de afogamento”, então recomendamos fortemente que os pais tomem medidas que tornem o ambiente da criança mais seguro. Para casas com piscina, a medida de segurança mais importante é uma cerca que envolve completamente a piscina e a isola da casa.
Para os adolescentes e adultos, lembrem-se que bebidas não combinam com atividade na água, principalmente em rios, lagos e mar. Esportes aquáticos podem e devem ser feitos, mas procure realizá-los com os equipamentos de segurança apropriados.
Vale lembrar que uma criança pode se afogar muito rapidamente. No caso de bebês, o afogamento pode ocorrer com 3cm a 5cm de profundidade em uma banheira, por exemplo. Se a criança tiver menos de 4 anos, é fundamental ter sempre um adulto perto dela, de preferência dentro da água, ou ao alcance dos braços. Isso porque existem situações em que é preciso agir muito rápido.
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Atualizado em 21 de fevereiro de 2025