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Hoje, 8 de julho, é o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico. Para o Instituto PENSI, a data tem um significado especial, já que somos uma associação sem fins lucrativos, fundada em 2012, com o objetivo de produzir e disseminar conhecimento em saúde infantil. Em nosso núcleo de pesquisa, desenvolvemos estudos clínicos, observacionais e epidemiológicos, em diversas linhas de atuação.
Mas como isso funciona exatamente? Segundo Fernanda Lima, gerente de pesquisa do PENSI, o instituto realiza os projetos científicos de diferentes formas. “Desde a fundação em 2013, já foram submetidos cerca de 300 projetos. A cada ano, o número vem aumentando e, em 2020, recebemos muitos projetos voltados para a Covid-19, por conta da pandemia”, diz.
As áreas de pesquisa em pediatria no Instituto PENSI são desenvolvidas em núcleos estratégicos divididos por temas específicos, sendo eles: Nutrologia e Metabolismo, Imunodeficiências, Doenças Respiratórias e Alérgicas, Doenças Infecciosas e Imunizações, Neurodesenvolvimento e Primeira Infância, Autismo, Cardiopediatria, Medicina Intensiva Pediátrica e Georeferenciamento em Saúde Infantil.
Da hipótese ao laboratório
A maioria dos projetos desenvolvidos no PENSI, conta Fernanda, são iniciativas idealizadas pelos próprios pesquisadores. “Trata-se de uma proposta levantada pelo médico para responder a uma pergunta específica.”
Outra linha é a de projetos patrocinados pela indústria farmacêutica, cujas propostas já vêm formuladas. “São hipóteses ou testes que os laboratórios querem realizar, seja de um novo equipamento, medicamento ou fórmulas, ou então ampliações de bulas”. Fernanda explica que, na área da pediatria, muitos medicamentos são utilizados de forma off label, ou seja, “fora da bula”, porque ainda não foram testados para crianças. “Então, o pediatra faz uma pesquisa exploratória para transpor essa formulação, levando em conta peso e tamanho, por exemplo, e verificar se esse medicamento pode ser usado.”
De acordo com a gerente, a pediatria tem uma quantidade menor de pesquisas relacionadas a medicamentos se comparada aos projetos para adultos, principalmente por conta da segurança. “Normalmente, os projetos são realizadas inicialmente em adultos. Daí, é necessário que haja um tempo de exposição e utilização para verificar a segurança e eficácia. Em seguida, isso pode ser testado em crianças”, completa.
O PENSI também realiza projetos em parceria com o Ministério da Saúde, no contexto do PRONAS/PCD (Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência). “São editais abertos todos os anos pelo ministério para que instituições como a nossa possam propor projetos voltados para diferentes tipos de deficiência, seja motora, orgânica, de enzima etc. Nós damos a possibilidade para os pesquisadores escreverem suas propostas de pesquisa, fazemos toda a adequação, incluindo de orçamento, para ficarem de acordo com as normas do edital, e as submetemos”.
Na sequência, o Ministério da Saúde faz uma análise de custo-efetividade e uma avaliação científica do rigor e dos benefícios que o projeto pode trazer para a sociedade. “Se o projeto é aprovado, o Instituto PENSI se responsabiliza pela captação de recursos com doadores por isenção fiscal e passa a executar o projeto” relata Fernanda.
Além disso, o PENSI realiza pesquisas com outras instituições, tanto do Brasil (como com o Hospital Pequeno Príncipe) quanto do exterior. “Atualmente, estamos desenvolvendo um projeto sobre primeira infância com a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos”, conta.
Para saber mais sobre nossos projetos, estudos e publicações, visite a área em nosso site.