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07/09/2015
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Como estamos alertando neste espaço, o aumento do número de adolescentes com casos de coqueluche desde 1995 parece estar relacionado à diminuição da imunidade.

Um estudo que aparece na edição de junho de 2015 da revista Pediatrics rastreia a eficácia da vacina em adolescentes em um, dois e quatro anos depois de receber a vacina dTpa (que protege contra o tétano, difteria e coqueluche, ou tosse convulsa).

Os pesquisadores descobriram que entre os adolescentes que receberam todas as vacinas contra coqueluche acelular na infância, a imunidade caiu em média 73% um ano depois de receber a dTpa. Após dois a quatro anos da vacinação, a imunidade diminuiu para 34%.

Os autores afirmam que a melhor compreensão da resposta imune à coqueluche e até mesmo o desenvolvimento de uma vacina nova é necessário para prevenir e controlar melhor a tosse convulsa no futuro.

Apesar destes resultados, os autores do estudo ainda salientam a importância de receber a vacina dTpa, pois é a melhor maneira de ajudar a proteger adolescentes da coqueluche, proporcionando alguma imunidade a esta doença potencialmente mortal.

Os autores também observam que as crianças que estão em maior risco de doença crítica e morte por coqueluche devem ser priorizadas. Isto pode ser conseguido por meio do reforço da recente recomendação para o uso de dTpa durante cada gestação, o que permite que as mulheres grávidas passem passivamente anticorpos protetores para seu bebê antes do nascimento.

Leia também: Coqueluche: proteja seus filhos com a vacinação

Fonte: Epidemic Pertussis and Acellular Pertussis Vaccine Failure in the 21st Century (Pediatrics jun 2015)

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o atendimento médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o seu pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 15 de agosto de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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