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Quando as crianças se comportam mal, é fácil culpar os pais. Às vezes, no entanto, tal comportamento pode ser devido a doenças mentais.
Os transtornos mentais são a causa número 1 de incapacidade médica em jovens que têm 15 anos ou mais nos Estados Unidos e Canadá, segundo a Organização Mundial de Saúde.
Thomas R. Insel, MD, diretor do Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH), foi o orador do Pediatric Academic Societies (PAS), na reunião anual em Boston. Ele discutiu os sinais de doenças mentais em crianças pequenas e a importância do diagnóstico precoce e intervenção, na sua apresentação sobre “O que todo pediatra precisa saber sobre os transtornos mentais”.
Como a primeira linha de defesa, o pediatra pode detectar os transtornos mentais mais cedo e garantir que as crianças recebam o tratamento o mais rápido possível. Atualmente, enquanto os questionários são a melhor maneira para que os médicos façam a triagem de doenças mentais, melhores ferramentas estão sendo vistas, como testes cognitivos e genéticos.
Leia também: Envolvendo a família nos tratamentos
É também importante compreender que as doenças mentais são uma desordem cerebral de desenvolvimento, embora possam parecer problemas de comportamento. “O futuro da doença mental tem que ser no ponto em que não estamos tratando comportamento separadamente do resto da pessoa. É preciso haver integração completa do comportamento e preocupações médicas para garantir que somos capazes de cuidar de alguém como um todo e não apenas um sistema”, explica o Dr. Insel.
Fonte: “O que todo pediatra precisa saber sobre os transtornos mentais”. Dr. Insel.
Atualizado em 15 de março de 2024
mensagem enviada
Olá, tenho uma filha de 7 anos ela tem um atraso na sua cordenação motora e escolar tbem que foi diagnosticado como um problems no cerebelo de mandar as informações mais lenta, e agora esta apresentando um comportamento agressivo esta muito nervosa, ela esta começando a fazer acompanhamento com psicologa ja fez TO e fono, ela tomava o ritalina mas lhe deu alergia e teve que parar agora o seu neuro receitou o Respidon, estou muito preocupada com seu comportamento e com seu desempenho escolar gostaria de mais opiniões pois não sei o que fazer,ela tbem teve um problema de sua molera fechar antes do tempo mas não precisou fazer cirugia, gostaria que me passassem algumas outras orientações do que posseo fazer , as vezes ela quer ir para escola pque gosta muito e as vezes diz que quer sumir, já tentei arrancar dela se esta acontecendo algo mais não consegui, agora passei para a pisicologa para ver se consegue algo.
Fico no aguardo
Grata
silvana
Olá Silvana, sua dúvida foi encaminhada ao nosso corpo clínico e em breve lhe daremos uma resposta. Abraços! 🙂
Silvana, como você já acompanha com um neuropediatra e quer ouvir uma segunda opinião, deve procurar um novo neuropediatra.
Se você quiser alguma indicação, ligue no Hospital Sabará no telefone 3155-2800, que daremos os nomes dos profissionais que atuam lá.
Olá, adorei a matéria.
Publiquei o post no meu blog sobre educação e dei os créditos.
Passem lá para conferir.
http://redeeducacaoemfoco.blogspot.com.br/
Prezados,
É com pesar que leio esse texto.
Como doutora em neurofarmacologia, sinto-me na obrigação de dizer que esse texto pode ser extremamente prejudicial à infância.
Muitas frentes de trabalho, entre cientistas, estabelecimentos educacionais, mães e pais estão no movimento contrário, de mostrar como os comportamentos das crianças NÃO PRECISAM SER ENQUADRADOS COMO PATOLÓGICOS.
Evidências científicas já encontram-se disponíveis mostrando como a administração de psicofármacos às crianças pode contribuir para o desenvolvimento de adultos com dificuldades de adequação e aceitação, além do surgimento de reais patologias futuras, como a dependência de drogas de abuso.
As crianças não precisam ser medicadas, o que está acontecendo é a febre da prescrição desenfreada de psicofármacos. Estamos ministrando drogas psicotrópicas às crianças por elas serem ativas, criativas, cheias de energia.
Estamos vivendo a contramão da medicalização da infância, estamos lutando pela aceitação das diferenças. Diferenças não são patológicas.
É muito mais fácil medicar as crianças do que ensiná-las a conviver bem com suas próprias características.
A medicalização do comportamento natural das crianças tem contribuído para o desenvolvimento de pessoas com dificuldades de auto-aceitação, estigmatizadas pelo diagnóstico de “transtorno psiquiátrico” e com grande quantidade de psicofármacos alterando seu comportamento.
Coloco-me à disposição, como doutora em neurofarmacologia, para o fornecimento de artigos científicos atuais. Muito cuidado com o incentivo à psiquiatrização da infância.
Att,
Dra. Ligia Moreiras Sena
Prezada Dra. Lígia, respeitamos sua opinião, mas há evidências que mostram que a administração de psicofármacos, quando bem prescrita, podem ajudar e muito as crianças.
Como psicofármacos são prescritos por médicos, cabe a eles julgarem e escolherem o que é melhor para seus pacientes. Como pediatra, não possuo nem receituário azul nem amarelo, portanto não prescrevo medicações controlados mas oriento meus pacientes a procurarem profissionais competentes que saibam quando é para medicar e quando não é. Nossas colunas são para público leigo, para os profissionais de saúde fazemos Simpósios, Seminários e Congressos onde este e outros temas podem ser debatidos mais profundamente.