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O nascimento prematuro ocorre em cerca de 11 a 13% das gestações nos EUA. O mesmo índice ocorre no Brasil, segundo dados da Unicef de 2013, que estima em 11,7% a taxa de prematuros. Quase 60% dos gêmeos, trigêmeos e outros múltiplos resultam em nascimentos prematuros.
Um nascimento é considerado “prematuro” quando a criança nasce antes da 37ª semana de gravidez. É importante reconhecer que os partos prematuros nunca devem ser feitos para a conveniência da mãe ou do obstetra.
Se o bebê nasce prematuramente, pode nem parecer, nem agir como o esperado. Enquanto o bebê a termo (não prematuro) pesa cerca de 3 kg no momento do nascimento, um recém-nascido prematuro pode pesar 2 kg ou até muito menos. Mas, graças a avanços médicos, as crianças nascidas depois de 28 semanas de gestação e pesando mais de 1 kg têm uma boa chance de sobrevivência. Oito em cada dez dos que nasceram depois da trigésima semana terão possibilidade de boa saúde no longo prazo sem grandes problemas de desenvolvimento, ao passo que os bebês prematuros nascidos antes de 28 semanas têm mais complicações e necessitam de tratamento intensivo e apoio em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.
Quanto mais cedo o bebê nasce, menor será e maior a cabeça vai parecer em relação ao resto do corpo. Como tem menos gordura sob a pele, vai parecer mais magro e mais transparente, permitindo que você realmente possa ver os vasos sanguíneos abaixo dela. O bebê também pode ter uma penugem fina, chamada lanugo, nas costas e nos ombros. Não se preocupe, no entanto, com o tempo essas diferenças desaparecem.
Por não ter gordura, que é isolante, seu bebê prematuro vai ficar frio em temperaturas ambientes normais. Por essa razão, ele vai ser colocado imediatamente após o nascimento em uma incubadora ou em um dispositivo de aquecimento especial chamado aquecedor radiante, onde a temperatura pode ser ajustada para mantê-lo aquecido. Depois de um rápido exame na sala de parto, ele provavelmente será levado para a UTI neonatal.
O bebê prematuro vai chorar baixinho e pode ter dificuldades para respirar. Isto ocorre porque seu sistema respiratório ainda é imaturo. Se for menor do que 7 meses, suas dificuldades respiratórias poderão causar sérios problemas de saúde, pois os outros órgãos imaturos em seu corpo não irão obter oxigênio suficiente. Para se certificar de que isso não aconteça, os médicos irão mantê-lo sob observação, monitorando a sua respiração e a frequência cardíaca com equipamento chamado monitor cardiorrespiratório. Se ele precisar de ajuda para respirar, pode ser dado oxigênio extra ou equipamento especial, como um ventilador. Outra assistência técnica de respiração chamada CPAP (pressão positiva contínua) pode ser utilizada temporariamente para apoiar sua respiração.
Tão importante quanto esse cuidado para a sobrevivência do bebê e a sua mudança para o berçário de cuidados especiais, é a preocupação sobre a saúde materna, pois pode perder a experiência de amamentação e vínculo com o filho logo após o parto.
Para lidar com o estresse dessa experiência, a mãe pode solicitar ver seu bebê, logo que possível após o parto, e se informar sobre o quanto poderá cuidar dele.
Veja como os pais podem fazer para poder participar do cuidado de seu bebê na UTI neonatal:
O seu bebê estará pronto para voltar para casa quando estiver respirando por conta própria, capaz de manter sua temperatura corporal, podendo ser alimentado pelo peito ou mamadeira e ganhando peso de forma constante.
Leia também: Amamentação e prematuridade
Fontes:
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 30 de agosto de 2024