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Cyberbullying, agora que vem o pior
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Cyberbullying, agora que vem o pior

Cyberbullying, agora que vem o pior

03/11/2022
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Todos os jovens merecem crescer com segurança e prosperar, mas parece ser cada dia mais difícil nos tempos atuais. O bullying é um tipo de violência vivenciado por jovens e pode acontecer pessoalmente e/ou por meio da tecnologia, conhecido como cyberbullying, que vem se tornando cada vez mais frequente, chegando a coisas inimagináveis e sem limites de exposição.

Um levantamento realizado pelo instituto de pesquisa Ipsos revelou que o Brasil é o segundo no ranking de cyberbullying no mundo. A pesquisa entrevistou mais de 20 mil pessoas em 28 países. No Brasil, 30% dos pais ou responsáveis entrevistados afirmaram ter conhecimento de que os filhos se envolveram, ao menos uma vez, em casos de cyberbullying. O primeiro colocado no ranking é a Índia.

Em uma pesquisa encomendada pela Intel Security, empresa vinculada à Intel, feita com 507 crianças e adolescentes com idades entre 8 e 16 anos, revelou os seguintes dados sobre o cyberbullying no Brasil:

  • 66% presenciaram casos de agressão na internet
  • 21% afirmam ter sofrido cyberbullying
  • 24% realizaram atividades consideradas cyberbullying. Desse grupo:

14% admitiram falar mal de uma pessoa para outra;
13% afirmaram zombar de alguém por sua aparência;
7% marcaram alguém em fotos vexatórias.

O bullying impacta negativamente todos os jovens envolvidos: aqueles que sofrem o bullying, aqueles que intimidam outros e aqueles que testemunham o bullying, os espectadores, que acabam não sabendo como reagir na maioria das vezes.

Todos nós temos um papel a desempenhar na prevenção desses casos. Membros da comunidade, pediatras, jovens e adultos que cuidam de jovens têm papéis importantes na prevenção da violência, e suas ações podem ajudar a desenvolver comunidades seguras e solidárias, onde os jovens possam atingir seu pleno potencial.

Alguém que testemunhe o bullying, pessoalmente ou on-line, pode fazer uma diferença positiva nessas situações, tornando-se um observador solidário ou alguém que vê o que acontece e intervém, interrompe ou fala para parar.

Quando esse solidário age durante uma situação de bullying, a pessoa que sofre bullying sente que seus colegas estão apoiando e defendendo-o, e isso pode ajudar a reduzir a ansiedade e a depressão relacionadas ao bullying.

Nem todas as crianças que sofrem bullying mostram sinais de alerta, mas a ONG americana StopBullying.gov sugere ficarmos atentos aos seguintes sinais:

  • Lesões inexplicáveis;
  • Roupas, livros, eletrônicos ou joias perdidas ou destruídos;
  • Dores de cabeça ou de estômago frequentes, mal-estar ou fingir doença;
  • Dificuldade para dormir ou pesadelos frequentes;
  • Declínio das notas, perda de interesse nos trabalhos escolares ou não querer ir à escola.

Conheça o seu papel e como agir na prevenção do bullying:

  1. Ajude as crianças a entender o bullying. Fale sobre o que é e como enfrentá-lo com segurança. Diga às crianças que o bullying é inaceitável. Certifique-se de que as crianças saibam como obter ajuda.
  2. Mantenha as linhas de comunicação abertas. Converse com as crianças com frequência. Escute-os. Conheça seus amigos, pergunte sobre a escola e entenda suas preocupações.
  3. Incentive as crianças a fazerem o que amam. Atividades, interesses e hobbies especiais podem aumentar a confiança, ajudá-las a fazerem amigos e protegê-las do bullying.
  4. Sirva como exemplo, trate todos com gentileza e respeito.
  5. Promova ambientes familiares que apoiem o desenvolvimento saudável.

Esse é um problema mundial e o Unicef tem um programa onde orienta como evitar e como lidar com o bullying na campanha global “Bullying#Éda minhaconta”. Lembrando que cyberbullying configura-se como crime contra a honra em meio virtual e, seguindo a dinâmica do Código Penal, essa conduta pode ser tipificada diante de três modalidades: calúnia (Art. 138), difamação (Art. 139), ou injúria (Art. 140).

Nós da Fundação José Luiz Egydio Setúbal temos como um dos pilares de atuação na década 20/30 a Saúde Mental da criança e do adolescente e, certamente, o bullying entra nessas preocupações. Conheça nossos conteúdos sobre o tema em “Saiba mais”.

 

Fontes:

https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cyberbullying.htm

https://www.unicef.org/brazil/cyberbullying-o-que-eh-e-como-para-lo

https://www.stopbullying.gov/cyberbullying/what-is-it

https://www.cdc.gov/violenceprevention/featuredtopics/become-an-upstander.html

 

Saiba mais:

https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/combate-ao-bullying-aprenda/

https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/novamente-falaremos-sobre-bullying/

https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/cyberbullying-informacoes-importantes-para-pais/

https://www.youtube.com/watch?v=7pxFePkz1ko&t=6s

https://institutopensi.org.br/consciencia-na-saude-das-criancas-negras/

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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