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Hoje, comemora-se o Dia Nacional do Voluntariado no Brasil. A Lei nº. 7.352 foi promulgada neste dia, em 1985, e ela reconhece a atividade de quem oferece tempo e capacidades a favor de causas que visam ao bem da comunidade. Esta caracterização do trabalho voluntário corresponde à definição proposta pelas Nações Unidas. Segundo ela, “voluntário é o jovem ou o adulto que, devido ao seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte de seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem-estar social ou outros campos”.
A ação voluntária expressa a coragem convertida em disposição generosa e paciente de oferecer o melhor de si em favor do bem-estar e do cuidado de pessoas, instituições, objetos ou acontecimentos que têm relevância social. É um doar sem volta, porque se trata de oferecer um tempo. É solidariedade sincera, porque significa querer, por livre escolha, fazer parte, compartilhar, sem nada esperar ou pedir em troca.
Assim, ainda que gratuita por não ser remunerada, o voluntariado é uma prática de generosidade e de doação e, igualmente, uma abertura para experiências talvez impossíveis de acontecerem em outras circunstâncias.
O Hospital Infantil Sabará conta com voluntários que estão lá algumas horas por semana para contar histórias, conversar, jogar ou brincar, cantar, fazer rir, desenhar, compartilhar momentos livres com as crianças e os pais ou responsáveis delas. Os voluntários atuam nos momentos em que elas não estão sendo atendidas pelos profissionais e esperam por eles nos diferentes espaços do hospital: Pronto Atendimento, Internação, quarto ou sala de cirurgia.
O hospital oferece ao voluntário uma “experiência de cidadania”, a oportunidade de ele fazer parte de uma comunidade de pessoas interessadas gratuitamente no bem-estar das crianças que ali passam algumas horas, alguns dias ou muitos anos buscando a recuperação, o cuidado e a prevenção de sua saúde. Sendo assim, o Hospital Infantil Sabará pretende oferecer uma possibilidade de compartilhar uma ideia e uma prática de humanização na qual o voluntariado preenche uma lacuna que não pode ser ocupada pelos profissionais e cuidadores.
Por meio dos voluntários, o hospital pode obter dados e participar de um momento impossível de ser realizado pelos profissionais diretamente. Impossível, porque, como dissemos, os voluntários atuam nos espaços e tempos livres entre uma atuação profissional e outra. É certo que nestes momentos as crianças estão com pais ou responsáveis, mas contam com a alegria, a disponibilidade e a capacidade de brincar e de inventar atividades interessantes à experiência de hospital por parte dos voluntários, que pode se tornar muito mais rica e agradável.
Nossa observação indica o quanto cada voluntário sabe e gosta de oferecer conhecimentos e recursos para entreter as crianças e o quanto elas valorizam a presença e a atuação deles. Ao mesmo tempo, nossa observação confirma o quanto eles se dispõem a aprender nossas propostas de trabalho com brinquedos, desenhos e contação de histórias. Confirma-se, igualmente, o quanto eles se empenham em seguir as normas de higiene, os limites de sua atuação nos diferentes espaços do hospital e o cuidado com o que dizem ou fazem com as crianças.
De fato, ser voluntário em um hospital é diferente de ser voluntário em outros lugares, pois exige a obediência a certos protocolos nas relações com as crianças e os pais, no uso de objetos ou de brinquedos, nos limites ao que se pode ou não fazer com a criança internada.
Neste dia do voluntário, queremos dizer a eles o quanto apreciamos a dedicação e o interesse por essa atividade, pois são eles que doam o melhor de si para as crianças. Hoje, queremos junto com elas doar o nosso abraço, o nosso reconhecimento e o melhor carinho, para cada um, para todos.
Veja como participar do programa de voluntariado
Atualizado em 13 de maio de 2024