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Ginecomastia é a proliferação glandular benigna do tecido mamário em indivíduos do sexo masculino. É uma condição comum no período da puberdade. Apesar de frequentemente estar associada a condições fisiológicas, deve ser diferenciada de causas patológicas que exigem intervenção terapêutica. Além disso, deve ser diferenciada da lipomastia (aumento de tecido adiposo).
Durante a puberdade, o organismo passa por uma série de transformações hormonais, que incluem alteração nos níveis de estrogênio (hormônio feminino) e de testosterona (hormônio masculino). Esse desequilíbrio hormonal temporário pode influenciar o desenvolvimento mamário.
Entre as principais causas de ginecomastia, estão:
Desequilíbrio hormonal: durante a puberdade, os níveis hormonais variam muito. Um aumento temporário nos níveis de estrogênio pode levar ao crescimento do tecido mamário.
Excesso de peso: embora a ginecomastia não seja causada pelo excesso de gordura, ocorre maior conversão de hormônios masculinos para femininos no tecido adiposo, ocasionando desequilíbrio hormonal.
Uso de substâncias: o uso de algumas substâncias, como esteroides anabolizantes, medicamentos ou drogas, pode também influenciar o aumento do tecido mamário.
Causas genéticas: Síndrome Klinefelter, mutações genéticas associadas a produção ou ação dos hormônios andrógenos também são possíveis causas.
Tumores: associados a produção hormonal (como tumores testiculares).
Embora a ginecomastia juvenil seja, na maioria dos casos, benigna e passageira, em algumas situações ela pode persistir ou ser sintoma de uma condição subjacente.
Deve-se atentar a sintomas associados como dor, sangramento, galactorreia, doenças associadas (tireoide, doenças hepáticas, renais, testiculares ou hipofisárias) história de ganho de peso, pouca virilização, uso de medicamento ou drogas.
Nesses casos, é importante consultar um médico para investigar outras causas e discutir possíveis tratamentos. Pode ser necessária uma avaliação complementar com exames laboratoriais e imagem.
Espera-se regressão em 90% dos casos em meses a anos. Porém, em alguns casos, a depender da etiologia, é necessário tratamento medicamentoso ou cirúrgico.
Além disso é importante estar atento ao impacto emocional que essa alteração pode ter na vida do adolescente. O impacto psicossocial negativo pode resultar em isolamento, ansiedade, limitação para prática de atividade física e sintomas depressivos, o que reforça importância do acompanhamento médico e psicológico adequado.