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Pais x mídias eletrônicas
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Pais x mídias eletrônicas

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24/10/2012
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Pesquisas mostram que, quando os pais criam regras e limites sobre mídias eletrônicas, as crianças respeitam. Portanto, não se acanhe. Sugerimos a criação de limitações não só para a televisão, mas para videogames, computadores e celulares.

A chave do problema é abordar a questão da mesma maneira que você faz com cintos de segurança ou nutrição, por exemplo. As normas devem ser seguidas, pois não é simplesmente um pedido. Você pode e deve discutir, e explicar, aos seus filhos o conteúdo que acha mais apropriado para eles, sem chances de negociação. Nesse momento de decisão, os pais não podem ser muito democráticos, afinal, são eles que devem saber o que e quanto tempo as crianças ou os adolescentes podem usufruir das mídias eletrônicas.

Algumas famílias obtiveram sucesso ao usar uma espécie de “orçamento de tempo”. Se as crianças sabem exatamente quanto tempo elas estão autorizadas a usar uma mídia por dia, ela fará escolhas sensatas para poder usá-la.

A pergunta que deve ser respondida é: quanto tempo deve ter o ‘orçamento’ de seus filhos?

A Academia Americana de Pediatria (AAP) fez as seguintes recomendações específicas, o que pode ajudar na tomada de decisão:

Crianças menores de dois anos: não devem ter acesso às telas (reflita sobre isso, pois não é uma realidade no Brasil, e creio que nem nos EUA);

Crianças com mais de dois anos: duas horas ou menos por dia (já é um bom parâmetro).

Leia também: Telas portáteis estão vinculadas a atrasos de fala em crianças pequenas

Como fazer isso?

Realmente, é difícil definir limites se você não tem certeza de quanto tempo seus filhos gastam em frente às telas. Registre, durante uma semana, o período que eles usufruem das mídias eletrônicas. Aproveite e analise seu tempo também e seja um exemplo.

Decida o que conta e o que não conta:

– Lições de casa, e-mails, atividades educativas, blogs sobre projetos, conversa com amigos, redes sociais, assistir a vídeos online são alguns exemplos que geram um viés para dialogar com os filhos;

– Pense quais as ideias, hábitos e habilidades que você quer que seus filhos desenvolvam e de que maneira eles podem utilizar o “orçamento de seu tempo” melhor.

Você pode definir novas regras A QUALQUER MOMENTO, não importa quantos anos seus filhos tenham. Embora seja sempre mais fácil criar regras quando eles são muito jovens, não é impossível inseri-las, independente da idade. Basta explicar que você adquiriu um conhecimento novo que o fez mudar de ideia e que deseja isso para o próprio bem deles. Muitos pais tiveram que criar novas regras sobre os capacetes de bicicleta e a atitude se tornou lei. Embora as crianças resistissem no início, a maioria o aceitou e o adota por ser um detalhe saudável e seguro.

Algumas dicas importantes:

Mantenha a TV em uma área comum da família: ao manter TVs, computadores e consoles de videogames em áreas comuns (ao invés de nos quartos), você pode, com mais facilidade, manter o controle de prazos. Lembre-se que é muito mais fácil optar por não colocar uma televisão no quarto do seu filho do que removê-la depois;

Tornar a mídia um evento planejado: evite o uso de meios de comunicação com ruído de fundo. Escolha com cuidado entre um show específico ou um videogame. Procure alternativas nos horários que seu filho estará afastado das mídias eletrônicas, para que ele possa usufruir de brincadeiras ao ar livre, leitura, pintura, montagem de brinquedos e atividades que sejam atraentes para ele;

Seja sensível quando seu filho estiver jogando videogame: alguns jogos exigem que o jogador chegue a um determinado lugar. Pode parecer muito injusto para o seu filho se você forçá-lo a parar antes que possa salvar o progresso para continuar no dia seguinte.

Fonte: traduzido e adaptado da CMCH (supported in part by the American Legion Child Welfare Foundation, Comcast, Google, The Stuart Family Foundation, The Norlien Foundation, Cisco, and other generous).

Atualizado em 4 de abril de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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