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Roupa de cama insegura ainda é a principal causa de mortes infantis inesperadas
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Roupa de cama insegura ainda é a principal causa de mortes infantis inesperadas

Roupa de cama insegura ainda é a principal causa de mortes infantis inesperadas

30/06/2021
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Morte súbita do recém-nascido (SMSI) é um acontecimento terrível e, embora a frequência de síndrome da morte súbita na infância no Brasil seja inferior à da literatura mundial, o assunto necessita de atenção. Talvez esses números em nosso país sejam justificados por um subdiagnóstico ou falta da implementação correta de protocolo de investigação por morte.

Os especialistas internacionais há muito tempo enfatizam a importância de manter os recém-nascidos em uma superfície firme para dormir e, de acordo com um estudo publicado pela revista Pediatrics, da Academia Americana de Pediatria, em sua edição de abril, é por um bom motivo: o estudo analisou as mortes repentinas (SMSI) de quase 5.000 bebês de 2011 a 2017 e descobriu que a maioria, quase 72%, ocorreu em um ambiente de sono considerado “inseguro”. Enquanto 82% foram categorizados como inexplicados, a maioria dos que foram considerados “explicados” compartilhavam uma coisa em comum: roupa de cama macia. “Entre as mortes por sufocação explicadas e possíveis, 75% resultaram de obstrução das vias aéreas atribuída a camas macias”, disse o estudo.

Roupas de cama macias como travesseiros, cobertores, protetores de berço e bichinhos de pelúcia continuam sendo a principal causa de asfixia acidental entre bebês com menos de quatro meses de idade.

Embora dormir junto com os filhos muitas vezes seja uma tática de último recurso para muitos pais com privação de sono, ainda representa sérios riscos para os bebês.

Apenas 1% das mortes analisadas foram confirmadas como inexplicáveis ​​sem qualquer roupa de cama macia ou outras superfícies de sono inseguras. Os fatores para os outros 27% não puderam ser determinados devido a informações insuficientes.

De acordo com a Academia Americana de Pediatria (AAP), uma morte súbita pode ser por asfixia via bloqueio das vias aéreas ou emaranhada em lençóis e cobertores, infecção, engasgo, lesão ou disfunção cardíaca ou metabólica. Quando a morte de um bebê não pode ser explicada, o bebê está determinado a ter morrido de Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI).

Graças à campanha “De volta ao sono” na década de 1990, os casos diminuíram rapidamente quando os pais começaram a colocar os recém-nascidos para dormir de costas em vez de barriga. Quando a campanha começou, em 1994, quase 4.700 bebês morreram de morte súbita no ano anterior. Em 2010, o número dessas mortes foi reduzido pela metade, de acordo com a Academia Americana de Pediatria.

Infelizmente, o número não diminuiu desde 2010. Especialistas em saúde pública acreditam que as mensagens sobre ambientes de sono seguro devem acontecer quando os pais ainda estão à espera dos filhos no período da gravidez.

A recomendação atual, se possível, é que os cuidadores mantenham o berço do bebê no quarto por pelo menos seis meses, de preferência até o bebê completar um ano. A posição de dormir de costas é a melhor, os cuidadores não podem esquecer que os bebês precisam de uma superfície firme e plana dentro de um berço com apenas um lençol justo.

Ser capaz de descansar quando você é um novo pai certamente não é fácil, mas você será capaz de respirar aliviado praticando hábitos de sono seguro com seu filho desde o primeiro dia.

Saiba mais:

 

Fontes:

Síndrome da morte súbita na infância no Brasil: fato ou fantasia?. Sao Paulo Med. J. [online]. 2008, vol.126, n.1, pp.48-51. ISSN 1806-9460.  https://doi.org/10.1590/S1516-31802008000100009.

Atualizado em 25 de fevereiro de 2025

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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