PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
Tratamento do câncer infantil com maconha medicinal
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
Tratamento do câncer infantil com maconha medicinal

Tratamento do câncer infantil com maconha medicinal

22/01/2018
  4558   
  0
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

Como já escrevi outras vezes, acredito que o termo canabinoide (Canabinoide é um termo genérico para descrever substâncias, naturais ou artificiais, que ativam os receptores canabinoides do tipo CB1 ou CB2. Englobam os fitocanabinoides, compostos encontrados na planta Cannabis ou a maconha) deveria ser usado ao invés de maconha medicinal. De qualquer maneira, o uso dessa substância sempre causa polêmica porque as pessoas associam a medicação à droga.

Um novo estudo publicado na edição de janeiro de 2018 da revista Pediatrics mostra a compilação de respostas de uma pesquisa realizada com quase 300 médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde oncológica pediátrica, incluindo aqueles elegíveis e não elegíveis para recomendar maconha medicinal, para determinar suas opiniões sobre o papel potencial da substância para tratar câncer e seus sintomas em crianças.

O estudo “Perspectivas dos fornecedores de uso de maconha medicinal em crianças com câncer” mostra que a maioria dos profissionais de saúde oncológica pediátrica está disposta a considerar o uso de maconha medicinal em crianças com câncer, particularmente para aquelas com doença avançada. No entanto, os profissionais de saúde que eram elegíveis para prescrever a maconha medicinal demonstraram posições menos favoráveis ​​em geral para o uso da substância em crianças.

Os pesquisadores alegam que a falta de padrões nos produtos de maconha e a dosagem era uma barreira para os prestadores de cuidados de saúde ao recomendar o uso de maconha medicinal. Dos 288 profissionais de saúde no estudo, 30% receberam pedidos de maconha medicinal no mês anterior, no entanto, apenas 5% conheciam regulamentos específicos do estado sobre acesso, cultivo e posse.

Os pesquisadores pedem ensaios clínicos rigorosamente desenvolvidos que investigam o uso de maconha medicinal em crianças com câncer para abordar as preocupações dos profissionais de saúde e fornecer evidências de segurança e eficácia.

No que se refere ao uso, no Brasil, de medicamentos à base de substâncias presentes na Cannabis, a Anvisa não tem qualquer oposição, desde que seu registro seja aprovado pela Agência, mediante dados que comprovem sua segurança e eficácia. Tanto isso é verdade que recentemente foi aprovado, no país, o registro do medicamento Mevatyl®, à base de THC e Canabidiol, indicado para o tratamento sintomático da espasticidade moderada a grave relacionada à esclerose múltipla.

O campus da USP em Ribeirão Preto pretendia inaugurar em 2017 o Centro de Pesquisas em Canabinoides, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). O local será para pesquisa e desenvolvimento de medicamentos contendo canabinoides, substâncias derivadas da maconha, nome popular da planta Cannabis sativa.

Leia também: A maconha medicinal pode reduzir a náusea e convulsões em pacientes jovens

Fonte: Pediatrics December 2017

Provider Perspectives on Use of Medical Marijuana in Children With Cancer

Prasanna Ananth, Clement Ma, Hasan Al-Sayegh, Leah Kroon, Victoria Klein, Claire Wharton, Elise Hallez, Ilana Braun, Kelly Michelson, Abby R. Rosenberg, Wendy London, Joanne Wolfe

http://jornal.usp.br/universidade/usp-tera-primeiro-centro-de-pesquisa-em-canabidiol-do-pais/

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 21 de novembro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.