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Volta às aulas: como orientar as escolas?
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Volta às aulas: como orientar as escolas?

Volta às aulas: como orientar as escolas?

12/08/2020
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O governo de São Paulo já anunciou a volta às aulas para outubro. Enquanto isso, escolas e pais se preparam para este momento. À medida que os estados desenvolvem planos para que os alunos retornem à escola durante a pandemia da Covid-19, a Academia Americana de Pediatria atualizou as orientações provisórias para refletir a crescente compreensão do impacto do vírus em crianças e adolescentes.

As escolas são críticas para lidar com as desigualdades raciais e sociais. O fechamento da escola e as modalidades educacionais virtuais tiveram um impacto diferencial no nível individual e populacional para diversos grupos raciais, étnicos e vulneráveis, de acordo com as orientações. As evidências do fechamento das escolas neste período apontam para impactos negativos na aprendizagem. Crianças e adolescentes também foram expostos a um risco maior de morbimortalidade por abuso físico ou sexual, uso de substâncias, ansiedade, depressão e ideação suicida, tanto nos EUA como no Brasil.

Nós pediatras e especialmente do Sabará Hospital Infantil e do Instituto PENSI estamos nos preparando para poder oferecer consultas e dar as orientações para responder às perguntas dos pais e das escolas sobre coberturas e máscaras para o rosto de pano; verificações de temperatura; distanciamento social em classes, corredores e ônibus; e como navegar pelas necessidades dos alunos com deficiência e daqueles que recebem saúde comportamental e apoio emocional das escolas.

A orientação incentiva os pediatras a trabalharem com escolas e líderes locais de saúde pública para promover mensagens de vacinação infantil. A vacinação anual contra influenza é incentivada para todos os alunos e funcionários. Como observar efetivamente o distanciamento social e usar revestimentos faciais de pano é abordado na orientação, que examina fatores como idade dos alunos, estágios de desenvolvimento e considerações especiais.

Na volta às aulas, as escolas devem pesar os prós e os contras de impor dois metros de distanciamento. Se isso não for possível sem limitar o número de estudantes, outras estratégias de mitigação de risco podem ser mais favoráveis. Estratégias de alta e baixa prioridade são fornecidas para distanciamento e revestimentos de face de tecido por idade. As estratégias de alta prioridade incluem o seguinte:

– Para alunos do pré-jardim de infância, passe algum tempo ao ar livre e limite os visitantes ao prédio. O impacto do distanciamento físico é pequeno e difícil de implementar nessa faixa etária.

-Os alunos do ensino fundamental devem usar coberturas faciais se o risco de tocar a boca ou o nariz não for maior que o benefício de reduzir a propagação da Covid-19. Quando possível, recomenda-se espaçar as mesas de 1 a 2 metros de distância e espaço ao ar livre.

– O distanciamento físico pode ter um impacto maior na redução do risco de Covid-19 entre os alunos do ensino médio. Quando possível, use coberturas faciais a menos de um metro e meio de distância, evite a proximidade (e, se possível, se espalhe) durante atividades como cantar e se exercitar e considere o distanciamento de pelo menos 2 metros.

Durante o dia escolar, os alunos também devem navegar pelo distanciamento físico em espaços fechados, como ônibus, corredores, playgrounds e lanchonetes. Outras medidas de distanciamento incluem:

– Atribua assentos aos passageiros do ônibus com distanciamento, use coberturas faciais se o distanciamento não for possível e minimize o número de passageiros dentro do razoável.

– Incentive os alunos que têm outras opções a usar transporte alternativo.

– Reduza o congestionamento no interior do edifício com corredores de mão única (flechas com fita no chão), alterne períodos de aula e atribua armários com o distanciamento recomendado ou elimine armários.

– Agrupe os alunos com distanciamento para as refeições. Os alunos podem comer na sala de aula ou usar espaços ao ar livre sempre que possível. A orientação enfatiza que deve ser tomado cuidado para proteger os alunos com alergias a alimentos da exposição potencial. As decisões sobre como servir refeições também devem levar em consideração a segurança alimentar e o possível aumento de estudantes elegíveis para refeições gratuitas ou reduzidas. Enfatize a importância do distanciamento físico de adultos com chegada e saída e captadores escalonados, impedindo que os pais entrem no prédio, instalando plexiglass nas áreas de recepção e desencorajando os salões compartilhados.

É importante ter políticas para garantir uma resposta rápida a um aluno ou membro da equipe com febre que esteja na escola e garantir que os alunos e a equipe sejam rastreados adequadamente se desenvolverem sintomas da Covid-19. No entanto, o teste não é viável antes do início da escola na maioria dos locais e não é conhecido por reduzir a probabilidade de propagação nas escolas.

A triagem e as verificações de temperatura devem ser equilibradas com a praticidade de executar esses procedimentos em larga escala. Em vez de triagem após a chegada da escola, as famílias devem manter as crianças em casa se o filho tiver febre de 37 graus Celsius ou superior e sintomas ou exposição a alguém com o vírus Covid-19.

À medida que os alunos retornam à escola, os pediatras são incentivados a advogar pela saúde e bem-estar geral de crianças e adolescentes em suas comunidades. Os pediatras também podem garantir que as políticas da escola sejam flexíveis e possam ser adaptadas com base no nível de transmissão viral e que se comuniquem com as autoridades de saúde pública para atender às necessidades exclusivas dos alunos.

Como se vê a logística de tudo isso é muito complexa e de difícil implantação e veremos como se dará em setembro. Nossa Fundação está se propondo a criar materiais e assessorias para ajudar aos pais e às escolas para esta adaptação neste momento tão complicado.

Saiba mais:

Os preparativos para a volta às aulas

Preparando o início das aulas da criança e jovem autista

Coronavírus: lidando com o fechamento das escolas

Trabalhar e aprender em casa durante o surto de Covid-19

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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