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O que está por trás das birras infantis?
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O que está por trás das birras infantis?

O que está por trás das birras infantis?

04/09/2013
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Essa atitude pode soar como proposital, mas trata-se de uma das maneiras que a criança se expressa

birras infantis

Aos olhos do adulto, as birras infantis têm cara de tempestade em copo d’água. Afinal, alguém grita porque não apertou o botão do elevador, se joga no chão porque não quer calçar o sapato ou se recusa a comer porque não gostou do prato que foi colocado à mesa. Parece muito barulho por pouco. Contudo, para as crianças, este “pouco” pode significar muito.

Por volta dos dois anos, período em que as birras são mais intensas e frequentes, a criança apresenta habilidades que lhe permite ser mais autônoma e independente – não apenas em suas ações, mas também em seus desejos, vontades e expectativas. No entanto, a maturidade necessária para ela expor o que sente e, em contrapartida, compreender o que é permitido e possível, ainda não foi alcançada.

Sem conseguir verbalizar (ou se fazer entender) o que vivência, deseja e espera, a criança encontra nos comportamentos birrentos uma maneira de expressar o que ainda não consegue fazer por meio da palavra.

Se os pais ou cuidadores embarcam na birra infantil, dificilmente a situação terá um final bem-sucedido. Nestes momentos, a criança precisa de alguém que reconheça e nomeie o que ela está tentando comunicar. Dizer coisas como “não faça isto”, “que comportamento mais feio”, “menina bonita não se comporta assim”, não minimiza a situação; ao contrário, deixa a criança mais irritada, já que ela ainda não é compreendida.

Para que a criança possa se expressar com mais clareza, é fundamental que ela se sinta acolhida. Sair do ambiente onde a birra acontece ou pegá-la no colo são estratégias de contenção que, normalmente, acalmam-na, permitindo, com isto, o diálogo.

Em algumas situações, há quem recomende desviar a atenção da criança birrenta ou ignorar a birra. Embora estas intervenções por vezes funcionem, a palavra não circula para ajudar a criança na compreensão do que ela sente, quer e é permitido ou possível. Ao invés destas ações, pode-se dizer: “entendi que você quer que eu vá brincar com você, mas agora estou almoçando” ou “tudo bem você ficar brava porque quer comer chocolate antes de almoçar, mas se comer o chocolate, não terá fome para comer sua comida”.

A criança precisa de alguém que fale com ela para que, desde pequenininha, aprenda a se expressar por meio das palavras e não apenas pelo corpo.

Por Patrícia Leekninh Paione Grinfeld – Psicóloga

Autora no site: Ninguém Cresce Sozinho

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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