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A esgrima para crianças
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A esgrima para crianças

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31/10/2013
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Crianças adoram brincar de super-heróis e princesas. Essas brincadeiras sempre envolvem lutas, vilões, príncipes, vitórias e derrotas. Pensando nessas brincadeiras e vendo meus filhos brincarem também, me veio à mente um esporte muito diferenciado e lindo que é a esgrima.

Originalmente, a esgrima era utilizada para sobrevivência e também para a caça. Com a evolução da tecnologia e também das armas, ela passou a ser um esporte competitivo extremamente belo. No Brasil, a esgrima começou no período imperial, pois, enquanto o país era colônia, além de não haver a presença de mestre d’armas, também não existia interesse dos colonizadores na prática do esporte. O primeiro curso de esgrima foi criado em 1909, na Escola de Educação Física da Força Pública de São Paulo. O Brasil participou pela primeira vez das Olimpíadas, nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, e nunca mais deixou de participar de competições internacionais.

É um esporte maravilhoso, onde a postura, o equilíbrio e a determinação são os principais aliados. Sua prática promove ganhos nas mais diversas áreas do desenvolvimento infantil. Estimula o reflexo, proporcionando agilidade em movimentos e tomadas de decisões, fazendo com que o atleta faça tudo em tempos muito curtos. Aumenta a acuidade auditiva, capacidade de concentração, coordenação motora, resistência muscular e equilíbrio. Desenvolve a flexibilidade e a criatividade. É um excelente exercício que estimula a autoestima da criança. Contribui para o crescimento saudável, tanto físico como intelectual. Sua prática é extremamente recomendada para crianças que possuem algum tipo de déficit de atenção.

Na prática da esgrima, os atletas usam máscara de proteção, luvas de couro (que reveste a mão e o antebraço) e colete. São utilizados três equipamentos: espada, sabre e florete. Cada um deles possui características diferentes dentro de um combate. Por exemplo: quando o equipamento utilizado é o florete, o atleta ganha ponto ao tocar a região do tronco do adversário. Quando a espada é utilizada, qualquer parte do corpo atingida é ponto. Já o sabre, serve para atingir a cintura ou acima desta. O combate tem início quando os competidores estão a uma distância de dois metros um do outro e termina quando um deles dá cinco toques no adversário ou quando termina o tempo regulamentar do combate, que é de quatro minutos. 

É praticada em um corredor de 14 metros de comprimento por 1,80 de largura. Ele é delimitado por linhas que, se ultrapassadas, causam ponto para o adversário (no caso da retaguarda) ou penalização (no caso de o competidor colocar os dois pés para fora da linha lateral).

Em São Paulo, pode ser praticada nos seguintes locais:

Sala São Jorge de Esgrima;

Club Athletico Paulistano;

Esporte Clube Pinheiros;

Circulo Militar de São Paulo;

Academia Paulista de Esgrima;

Escola de Esgrima Abel Melián

Henrique Tavian Pereira Marques pratica a esgrima desde os 9 anos de idade, no clube Pinheiros. Segundo ele, um dia, passeando pelo clube, viu uma competição e se apaixonou pelo esporte. “Troquei a espadinha de brinquedo e as varetas de madeira pela espada de verdade”, ele afirmou. Para Henrique, que possui 90 medalhas e já participou de mais de 100 competições nacionais e internacionais ao longo desses anos de prática da modalidade, o esporte exige empenho. Demorou dois anos para conseguir vencer um único atleta e essa competitividade o ajudou a ser mais persistente nas coisas. Ele treina 4x por semana, entre três e quatro horas por dia, mas já chegou a treinar 5x por semana.

Hoje, com 17 anos, primeiro do ranking na categoria juvenil, e dono de títulos de campeão brasileiro e sul americano e vice-campeão panamericano, Henrique sonha com as Olimpíadas de 2020. Tem em seus planos estudar nos EUA para poder conciliar treinos e estudos. O que começou como uma simples “brincadeira de espadas”, tornou-se uma opção e uma paixão pelo esporte, aumentando sua organização interna (principalmente em relação aos estudos) e a liderança de equipe.

Para os pequenos, Henrique deixa um recado: “a esgrima é um esporte e por si só já vale a pena sua prática, mas experimentem deixar de lado as espadas de brinquedos e lutar com espadas de verdade… Impossível não se apaixonar”.

Leia também: Atletismo para as crianças

Por Maria Helena S. Castro, psicomotricista, atua com crianças que têm dificuldade neuromotora

Atualizado em 20 de maio de 2024

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