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Tenho o privilégio de acompanhar o relato de alguns pais, educadores e estudantes nesse momento de pandemia. Observamos que, inicialmente, as aulas gravadas, foram aos poucos sendo substituídas ou acompanhadas por encontros virtuais entre professores e alunos, aproximando as escolas das crianças e das famílias.
Técnicas audiovisuais tão próximas e correlatas, mas que em última instância, e para quem as experimentam se mostram radicalmente diferentes. Mas afinal, qual a diferença entre um vídeo postado ou aulas gravadas e uma live, para quem os experimenta? A resposta parece estar no contato.
Se nós, como sociedade, ainda tínhamos alguma dúvida, de que é a partir do outro humano que conseguimos nos manter vivos, a pandemia surge portando essa noção como outdoor. A vida humana só acontece através do laço, do vínculo, do afeto e da presença.
Um outro humano vivo, que interage, responde e dialoga conosco é fundamental e ele se diferencia por completo da experiência passiva de assistir a um outro gravado, ou seja, um outro mortificado pela tela que o aprisiona, versos um outro possibilitado pela tela que o liberta.
Que possamos estar livres, juntos e vivos nos nossos laços familiares e sociais, afinal nunca nos foi tão claro que o que alimenta é a presença. Nossas avós já sabiam que uma boa mesa compartilhada não alimenta apenas o corpo, mas também a alma!
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