PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
Atendimento das adolescentes grávidas
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
Atendimento das adolescentes grávidas

Atendimento das adolescentes grávidas

09/10/2017
  3604   
  0
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

A gravidez na adolescência teve uma queda de 17% no Brasil segundo dados preliminares do Sinasc (Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos) do Ministério da Saúde.

Em números absolutos a redução foi de 661.290 nascidos vivos de mães entre 10 e 19 anos em 2004 para 546.529 em 2015. A região com mais filhos de mães adolescentes é o Nordeste (180.072 – 32%), seguido da região Sudeste (179.213 – 32%). A região Norte vem em terceiro lugar com 81.427 (14%) nascidos vivos de mães entre 10 e 19 anos, seguido da região Sul (62.475 – 11%) e Centro Oeste (43.342 – 8%).

As mais de meio milhão de adolescentes do Brasil ou dos Estados Unidos que ficam grávidas a cada ano precisam de aconselhamento sem julgamento, abrangente e apropriado para o desenvolvimento para ajudar a classificar, através de decisões que mudam a vida e emocionalmente sensíveis. É isso que mostra a declaração de política atualizada da Academia Americana de Pediatria, “Opções de Aconselhamento para a Paciente Adolescente Grávida”, publicada na revista Pediatrics de setembro de 2017.

Com legislação e cultura muito diferente da nossa, esta declaração é interessante para se ver como é abordado o tema por lá.

O aconselhamento deve abranger todas as opções legais que envolvem continuar ou encerrar a gravidez, apoiar a tomada de decisões informadas e encaminhamento para recursos e serviços adequados que respeitem as crenças e práticas culturais pessoais, familiares e espirituais do paciente. Afirma também que os pediatras que escolhem não aconselhar pacientes de forma abrangente devem encaminhar os pacientes para outros provedores de saúde capazes e dispostos.

Um relatório clínico que acompanha a política, “Diagnóstico de Gravidez e Fornecer Opções de Aconselhamento para o Paciente Adolescente “, diz que a maioria das adolescentes que ficam grávidas decide continuar suas gestações. Destaca a importância de ajudar os adolescentes a garantirem cuidados pré-natal precoce e adequado, identificando sistemas familiares e de apoio social para esses pacientes, bem como aconselhamento sobre opções como o cuidado de parentesco e a adoção.

No Brasil o aborto nessa situação não é possível de ser feito legalmente, e, muitas vezes, quando feito de maneira clandestina não é realizado em boas condições técnicas e de higiene, o que pode ocasionar a morte, esterilização ou doenças infeciosas graves.

As políticas de Saúde da Família e de prevenção da gravidez brasileiras tem dado certo e há também uma preocupação com o parto. O Ministério da Saúde construiu um documento baseado em evidências científicas e que serve de consulta para os profissionais de saúde e gestantes. A partir de agora, toda mulher terá direito e definir o seu plano de parto que trará informações como local onde será realizado, orientações e benefícios do parto normal. Essas medidas visam o respeito no acolhimento e mais informações para o empoderamento da mulher no processo de decisão ao qual tem o direito. Assim, o parto deixa ser tratado como um conjunto de técnicas, e sim como um momento fundamental entre mãe e filho.

Saiba mais:

https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/prevenindo-gravidez-entre-adolescentes/

https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/queda-de-incidencia-sobre-a-gravidez-na-adolescencia/

https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/aprendendo-sobre-adolescentes-assistindo-filmes-atuais/

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

Fonte:

  • http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/28317-gravidez-na-adolescencia-tem-queda-de-17-no-brasil
  • Pediatrics – September 2017,

Options Counseling for the Pregnant Adolescent Patient

Laurie L. Hornberger, COMMITTEE ON ADOLESCENCEAs informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.