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Competitividade na infância
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Competitividade na infância

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25/08/2016
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Aproveitando o clima olímpico e todo o espírito esportivo do momento, nada mais adequado do que refletirmos sobre o tema da competitividade infantil.

Ganhar ou perder não necessariamente são verbos opostos. Até porque, mesmo em situações de perdas, é possível sair ganhando com a incrível capacidade humana de superação, de aprender com os erros e seguir adiante.

O mundo de hoje, mais do que nunca, é muito competitivo. Não é necessário estimular isso nas crianças, já que desde muito cedo, através dos jogos, brincadeiras e no convívio social, quem chega por último é a mulher do padre.

Não há um julgamento se é certo ou errado, simplesmente faz parte. A criança não nasce competitiva, muito pelo contrário, no início ela é egocêntrica, ou seja, centrada em si mesma, sem ainda ter a noção da existência do outro. Através da interação social, inicialmente com a família, a criança por volta dos 2-3 anos começa a se relacionar com um amiguinho, mais adiante com dois até que se consolida a noção de grupo na adolescência.

O esporte promove um intenso exercício, não somente físico, mas também de valores e condutas morais no campo da competitividade. O esforço da vitória, implica em disciplina, dedicação, postura e, principalmente, o sentimento de pertencer a um grupo. O trabalho em equipe exige, respeito e lealdade, ou seja, para ser competitivo antes de mais é preciso todo um investimento no campo da cooperação.  A medalha pendurada no pescoço será fruto de todo um processo de aprendizagem e autoconhecimento, assim como os insucessos. A infância é uma fase de desenvolvimento global e não se deve priorizar no esporte o aperfeiçoamento ou rendimento técnico.

Nesta Olimpíada presenciamos cenas que não representam o espirito esportivo, como o caso do judoca egípcio muçulmano Islam El Shahaby, que foi derrotado pelo israelense Or Sasson e recusou-se a cumprimentar o adversário no fim da luta. Neste seu gesto de ignorância, em todos os sentidos da palavra, Islam saiu das Olimpíadas, da pior das maneiras: expulso e como perdedor, não pela derrota da competição, mas pela perda de sua honra e dignidade.

Devemos estimular os nossos filhos a competirem, antes de mais nada, consigo mesmos no esforço constante de superarem os próprios limites, incentivando-os a sempre darem o melhor de si, se arriscarem sem medo de perder e com foco nos objetivos que almejam. Com toda a certeza serão meninos de ouro.

Déborah Moss

Déborah Moss

Déborah Moss Psicologa, formada pela PUC- SP em 1998 Mestre em Psicologia do Desenvolvimento- USP Especialista em Neuropsicologia CEPSIC-HC Mãe de três filhos- ARIEL 12 anos, PATRICK 8 anos e ALICIA 4 anos.

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