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O uso de adoçantes pelas crianças
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O uso de adoçantes pelas crianças

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15/01/2020
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A presença de adoçantes artificiais ou não nutritivos (ANNs), como a sucralose, aspartame, ciclamato, sacarina e Acessulfame-K, presentes nos alimentos, aumentou ao longo dos últimos anos, como consequência da epidemia de obesidade. Sendo assim, crianças e adolescentes estão consumindo uma quantidade maior de ANNs em alimentos dietéticos ou como substituto do açúcar em bebidas. No entanto, ainda há poucos estudos que garantam a utilização segura em crianças pequenas, por longos períodos ou com doses excessivas.

Numa declaração de política sobre este assunto, a Academia Americana de Pediatria se propõe a fornecer uma orientação aos pediatras para que eles possam tomar as melhores decisões junto aos seus pacientes, como orientar os pais e familiares.

Orientações e recomendações publicadas sobre o uso de adoçantes

Várias organizações nos EUA publicaram declarações sumárias sobre o uso de ANNs afirmando que “os consumidores podem desfrutar com segurança de uma gama de nutritivos e adoçantes não nutritivos quando consumidos em uma dieta que é guiada por recomendações federais atuais de nutrição, como as Diretrizes Dietéticas para os americanos e a Ingestão de Referências Dietéticas”.

No que diz respeito ao benefício potencial de ANNs sobre perda de peso, afirma que há um bom nível de evidência para concluir que o uso de ANNs, como parte da um programa abrangente de perda de peso ou manutenção, pode estar associado à perda de peso e levar à melhoria do controle de peso ao longo do tempo em adultos. Porém, as declarações para crianças foram menos definitivas devido à falta de dados.

Lacunas de pesquisa

As lacunas permanecem em relação ao nosso conhecimento do impacto sobre o uso de ANNs na detecção de energia e efeitos sobre o controle glicêmico, apetite e ingestão dietética por mais de 6 meses, e ainda menos dados existem abordando especificamente a população pediátrica.

Resumo e recomendações

A política da Academia Americana mostra que as futuras pesquisas devem explorar novas abordagens para avaliar os efeitos a longo prazo do uso de ANNs em crianças (tipo e quantidade), como o efeito da idade de exposição a ANNs e o desenvolvimento de preferências de paladar, além dos efeitos da idade de exposição a ANNs no desenvolvimento de diabetes mellitus, obesidade, doença cardiovascular precoce, e o cérebro em desenvolvimento. A pesquisa deve explorar esses tópicos em todas as faixas etárias de crianças e adolescentes.

No entanto, o uso de adoçante não nutritivos pode ser feito em casos de diabetes mellitus, nas dietas de restrição de calorias como controle de obesidade, prevenção e redução de peso. Não parece existir relação entre o uso de ANNs e câncer nos estudos observacionais feitos até hoje. Com exceção do uso de aspartame em crianças com fenilcetonúria, não há contraindicações absolutas ao uso de ANNs em crianças, mas devido ao pequeno número de pesquisas sobre o assunto, se recomenda parcimônia na sua utilização.

É importante que a utilização dos adoçantes seja feita por indicação médica ou nutricional e que sejam respeitadas as doses prescritas, como também é necessário um rodízio de adoçantes.

Fonte: The Use of Nonnutritive Sweeteners in Children – Pediatrics: November 2019, Article Figures & Data Info & MetricsComments Carissa M. Baker-Smith, Sarah D. de Ferranti, William J. Cochran and Committee on Nutrition, section on Gastroen terology, Hepatology, and Nutrition.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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