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Esta época do ano, que vai de março a junho, as emergências dos hospitais ficam lotadas e os pais ficam desesperados com a espera. Para se ter uma ideia, o Hospital Sabará atende neste período o dobro de crianças comparando com os meses de janeiro e fevereiro. Mesmo com preparação total da equipe não é possível aumentar a estrutura física. Com isto, os pais procuram as clínicas que são uma crescente e importante fonte de cuidados de saúde pediátrica em muitas comunidades aqui em SP e nos EUA.
Boa parte dos atendimentos necessitam só de um pronto atendimento e não são urgências ou emergências. Poderiam ser atendidas em consultórios e ambulatórios.
Em uma declaração política atualizada em abril 2014, a Academia Americana de Pediatria (AAP) faz várias recomendações sobre como os prestadores de cuidados urgentes podem otimizar suas atenções para as crianças, mantendo os mais elevados padrões de atendimento.
Instalações de cuidados urgentes, que servem as crianças, devem ser capazes de fornecer avaliação rápida e ter condições de fazer uma reanimação cardiorrespiratória inicial, além de ser capaz de transferir os pacientes em uma emergência. Se um paciente é transferido ou não, necessita de ter registros médicos apropriados e devem ser criados condições ao paciente de um repouso médico. A equipe médica e os demais funcionários devem ter o treinamento e experiência para gerenciar as crianças. Coordenação com os locais de serviços médicos de emergência é necessária.
Acredito que os pais continuarão a procurar os serviços de emergência pois podem resolver os problemas em um só local, pois teriam acesso ao médico, aos exames e se necessário à internação. Clínicas, consultórios e ambulatórios em pediatria em SP são cada vez mais raros, assim como crianças que fazem acompanhamento pediátrico de rotina.
Enquanto esta questão não se resolver, as emergências continuarão lotadas e se valerão das triagens bem feitas para retirar das filas as crianças mais graves.
Autor: Dr. José Luiz Setúbal
Fonte: From the American Academy of Pediatrics
Policy Statement: Pediatric Care Recommendations for Freestanding Urgent Care Facilities
COMMITTEE ON PEDIATRIC EMERGENCY MEDICINE