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CEI Amigo do Peito: continuidade do aleitamento materno nas creches
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CEI Amigo do Peito: continuidade do aleitamento materno nas creches

CEI Amigo do Peito: continuidade do aleitamento materno nas creches

19/09/2021
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A Secretaria Municipal de Educação desenvolve uma campanha educativa chamada CEI Amigo do Peito no qual o aleitamento materno é motivado na rede municipal de ensino, garantindo o acesso ao leite materno durante o período letivo.

A Constituição Federal de 1988, no seu artigo 400, protege o direito da mãe em amamentar e prevê uma estrutura de apoio à amamentação em creches. No município de São Paulo, a Lei nº 16.161 de 13/04/2015 vem garantir o direito à amamentação em qualquer estabelecimento público ou privado.

Na prática, os centros de educação infantil devem sensibilizar e envolver os profissionais dos CEIs no apoio as mães que queiram amamentar seus filhos. Essa sensibilização se dá através do encorajamento da amamentação dentro das CEI’s, através também da estruturação de um ambiente onde a mãe se sinta confortável e segura. Também se faz necessário a orientação da entrega do leite materno na impossibilidade da mãe se deslocar até a escola. Cada recipiente deve conter apenas a quantidade necessária para uma mamada.

O leite materno deve ser armazenado em um fraco limpo, tampado e identificado com o nome da criança e data da coleta. Após esse processo o leite tem validade de quinze dias sob congelamento. A escola tem o direito de não receber quando há qualquer tipo de avaria na embalagem, alteração na condição de higiene e no congelamento.

Na escola, os fracos são encaminhados de imediato ao refrigerador, são separados de outros alimentos e mantidos em caixas plásticas com tampa. São descongelados apenas no momento próximo da amamentação por meio de banho maria com tampa. Não deve ser fervido e nem descongelado em micro-ondas, tais processos causam perdas das propriedades nutricionais.

Se houver sobras de leite materno descongelado o mesmo deverá ser desprezado. Os fracos limpos serão devolvidos a mãe ao final do dia.

Com o final da licença maternidade algumas mães tem a necessidade de utilizar os serviços de creches para retomarem suas atividades laborais. Nesse momento é comum a introdução de outros alimentos diferentes do leite materno, a fim de garantir uma boa adaptação e aceitação na creche.

Entretanto com a possibilidade de continuar com a amamentação presencial ou enviar o leite congelado dá a chance das mães amamentarem mesmo com a volta de sua rotina. Beneficiando e muito os bebês e crianças pequenas, já que receber o leite materno é uma estratégia de boa saúde, estabelecimento de vincular afetivo e sensação de proteção, sentimento que o sujeito carrega ao longo da vida.

A amamentação também trás repercussões positivas no estado nutricional da criança, gerando mais mecanismos para a proteção contra infecções. A saúde física e psíquica da mãe também é beneficiada, aquelas mães que amamentam apresentam perda de peso com maior facilidade, se reduz a incidência de câncer de mama, ovário e endométrio e evita a osteoporose.

A maternidade carrega consigo uma necessidade de desenvolver redes de apoio, ou seja, ter pessoas ou instituições formando uma teia de auxílio para a mulher ter condições de conciliar a maternidade com sua individualidade. O modo de vida moderno se configura com frequência de maneira individualista, com a privatização de espaços e serviços. Tal realidade dificulta a permanência da díade mãe-bebê por mais tempo que a licença maternidade.

Logo, ter as creches com as portas abertas para propiciar essa aproximação mãe-filho através da amamentação, deixo o ambiente da escola um espaço democrático e aberto para a construção de subjetividades.

A creche para aquelas mães que não tem outros meios, serve de família extensa. Agindo como suporte especifico para o desenvolvimento infantil. Outro fator que serve como auxilio no momento da amamentação é a proximidade do local de trabalho da mãe com a creche. Estar nas redondezas pode fazer com que a mãe tenha maior flexibilidade de sair do trabalho e ir até a creche para amamentar. E quanto mais o seio for estimulado, mais a mãe irá estimular sua produção de leite.

Sendo assim as creches devem estar preparadas para a amamentação, assim como as empresas que devem ter políticas de incentivo através de horários específicos para a amamentação fora da empresa e disponibilização de uma equipe multiprofissional disponível para o atendimento de mães e bebês.

Yasmine Martins

Yasmine Martins

Psicóloga formada pelo Centro Universitário São Camilo e mestre em Ciências da Saúde com ênfase em Psicologia Infantil. Possui pós-graduação em Neuropsicologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. É coordenadora da pesquisa PRONAS Eye-tracking e assessora científica do Autismo e Realidade do Instituto PENSI.

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