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Crianças que chupam o dedo ou roem as unhas são sempre motivo de preocupação para seus pais, mas nem sempre é preciso dar tanta atenção a esse fator, conforme mostra uma interessante pesquisa realizada na Nova Zelândia.
As crianças entre as idades de 5 e 11 anos que sugavam seus polegares ou roíam suas unhas apresentavam um risco menor de desenvolver alergias numa idade mais avançada, embora não tenha sido encontrada associação com asma ou rinite alérgica, de acordo com o estudo publicado em agosto de 2016 na Pediatrics.
O estudo “Chupar o dedo, roer unhas e sensibilização atópica, asma e febre do feno” sugere que a exposição a organismos microbianos na infância reduz o risco de desenvolver alergias.
O estudo feito na Nova Zelândia acompanhou 1.037 participantes nascidos entre 1972-1973. Os pais relataram os hábitos de chupar o dedo e/ou roer unhas quando seus filhos tinham idades entre 5, 7, 9 e 11 anos de idade. Eles foram verificados nas idades de 13 e 32 anos de idade para a sensibilização atópica, definido como um teste cutâneo positivo a pelo menos um alérgeno comum. Aos 13 anos, a prevalência de sensibilização foi menor entre as crianças que tinham sugado seus polegares ou roíam as unhas (38%) em comparação com aqueles que não o fizeram (49%).
As associações ainda estavam presentes na idade de 32 anos e persistiram mesmo com os ajustes para fatores como sexo, história familiar de alergias, animais de estimação, aleitamento materno e tabagismo dos pais.
Embora o relatório não incentive que as crianças cultivem estes hábitos orais, as descobertas sugerem que há um aparente efeito protetor contra alergias que persiste até a idade adulta.
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Fonte: Pediatrics – July 2016
Thumb-Sucking, Nail-Biting, and Atopic Sensitization, Asthma, and Hay Fever
Stephanie J. Lynch, Malcolm R. Sears, Robert J. Hancox
As informações contidas neste site não devem ser utilizadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o seu pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 30 de setembro de 2024