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Como a mudança climática afeta crianças
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Como a mudança climática afeta crianças

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19/10/2017
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Outro dia escrevemos sobre os 17 Objetivos de Sustentabilidade para a Agenda 2030. Agora falaremos sobre como as mudanças climáticas poderão afetar as crianças num futuro não muito distante.

Quando nós, pediatras, cuidamos de crianças, não estamos apenas pensando em sua saúde e segurança agora, mas também pensamos em sua saúde e segurança no futuro.

Quando falamos com os pais sobre dieta e exercícios saudáveis, não estamos apenas pensando em um bom crescimento e energia agora, estamos pensando em garantir que as crianças se tornem adultos saudáveis. Quando conversamos com os pais sobre a exposição ao tabaco, não estamos apenas pensando em evitar ataques de asma, estamos pensando no risco de câncer de pulmão futuro. Quando conversamos com os pais sobre como ajudar os filhos com a lição de casa, não estamos apenas pensando em passar da primeira série ou entrar na faculdade, estamos pensando em sua capacidade cognitiva quando crescerem.

É por isso que os pediatras se preocupam com as mudanças climáticas e também porque a Academia Americana de Pediatria (AAP) publicou “Mudanças Climáticas Globais e Saúde da Criança“. As mudanças climáticas não só afetam a vida das crianças agora, tem tudo a ver com seu futuro.

A mudança climática é uma realidade. A temperatura da Terra está aumentando. As geleiras estão diminuindo. O nível do mar está aumentando. O clima tornou-se mais extremo, tanto quente quanto frio – tem chuvas e secas em diferentes partes do mundo. Os cientistas são claros que somos responsáveis ​​por essa mudança: o aumento dos gases de efeito estufa, principalmente do uso de combustíveis fósseis e do desmatamento, levou às mudanças que estamos vendo. Isso não é natural. Nós fizemos isso.

Veja como essas mudanças climáticas estão afetando nossos filhos:

  • As crianças são mais vulneráveis ​​às ondas de calor, especialmente lactentes.
  • Os eventos climáticos extremos, como tempestades severas, inundações ou incêndios florestais, não apenas ameaçam diretamente a vida e a segurança das crianças, colocam-nas em risco de problemas de saúde mental e também podem causar efeitos duradouros quando destroem suas comunidades e suas escolas.
  • A má qualidade do ar das mudanças climáticas pode causar problemas respiratórios, especialmente em crianças com asma.
  • As mudanças climáticas levaram a aumentos nas infecções, como doença de Lyme, diarreia e parasitas, que muitas vezes são mais perigosos para crianças do que adultos.

Se as mudanças climáticas continuarem, os efeitos cairão sobre as nossas crianças quando se tornarem adultas. Viverão em um mundo com:

  • Ar insalubre
  • Menos espécies de plantas e animais
  • Menos terra, à medida que o mar cresce
  • Menos alimentos
  • Migração em massa, à medida que as pessoas tentam encontrar um lugar seguro e saudável para viver
  • Mais instabilidade, à medida que as pessoas e os governos discutem sobre recursos limitados

Não queremos nada disso para os nossos filhos. É por isso que precisamos agir agora. Há muito que cada um de nós pode fazer, começando hoje:

1- Podemos reduzir nosso consumo de energia e resíduos – como indivíduos, famílias, comunidades e sociedades.

2- Podemos trabalhar para diminuir nossa dependência de combustíveis fósseis, como o carvão, o petróleo e o gás – e aumentar o uso de fontes de energia renováveis, como o vento e a energia solar.

3- Podemos criar e fortalecer sistemas que podem ajudar a nos manter seguros dos efeitos das mudanças climáticas, como sistemas de alerta precoce para condições climáticas extremas, e maneiras de manter as pessoas seguras durante condições climáticas extremas e desastres naturais.

4- Podemos encontrar formas de fortalecer nosso sistema de saúde para estar pronto para ajudar não apenas em casos de clima extremo ou desastre natural, mas também para ajudar com os efeitos de calor extremo e má qualidade do ar.

5- Podemos defender políticas locais, nacionais e internacionais que diminuam as emissões de gases de efeito estufa.

Vamos trabalhar juntos para tornar o mundo um lugar melhor, mais saudável e mais seguro – e dar aos nossos filhos um futuro melhor. É disso que se trata a Agenda 2030. Cada um, cada empresa, cada cidade, cada país fazendo coisas para melhorarmos as condições do planeta Terra.

Leia também: A mudança climática no radar dos profissionais de saúde infantil

Fonte: Academia Americana de Pediatria (Copyright © 2015)

Atualizado em 6 de novembro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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