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Controle de infecções hospitalares em pediatria
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Controle de infecções hospitalares em pediatria

Controle de infecções hospitalares em pediatria

01/06/2011
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As características epidemiológicas das infecções hospitalares em pediatria apresentam particularidades que as diferenciam das infecções hospitalares em pacientes adultos. As infecções virais e sua sazonalidade também são relevantes nos serviços de pediatria, considerando a transmissão destes microrganismos nas unidades por falhas na técnica asséptica de assistência. Constituem exemplo desta condição: as infecções causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Varicella Zoster, Influenza e, atualmente, com menor frequência, o Rotavírus.

As infecções hospitalares de etiologia bacteriana apresentam-se com alta sensibilidade aos antimicrobianos, sendo pouco frequentes as infecções causadas por bactérias multi-resistentes. Com poucas exceções, ainda é possível tratarmos infecções hospitalares de alta gravidade com antimicrobianos da classe das penicilinas e cefalosporinas. Fogem a esta regra as crianças com doenças crônicas que apresentam antecedentes de hospitalizações frequentes e uso crônico de antimicrobianos. Um fator de preocupação inclui o uso excessivo de cefalosporinas e o aumento de infecções causadas por Klebsiella spp produtora de betalactamase de espectro estendido (ESBL) em UTI pediátrica.

A utilização da brinquedoteca e de outras atividades relacionadas à humanização em serviços de pediatria devem ser incentivadas e vários estudos demonstram o seu benefício para a evolução de nossos pacientes. Entretanto, há publicado na literatura a ocorrência de surtos de infecção hospitalar em unidades pediátricas tendo o brinquedo partilhado e sem a limpeza/desinfecção correta como fonte de infecção por Pseudomonas aeruginosa e outros agentes.

Conheça a brinquedoteca do Hospital Infantil Sabará

Ao contrário do que é observado em pacientes críticos adultos, a topografia mais acometida pelas infecções hospitalares em pediatria é a corrente sanguínea, seguido do aparelho respiratório. Destacamos a importância da execução de medidas seguras para a inserção e manutenção de cateteres vasculares e terapia parenteral intravenosa. A existência de um time especializado neste procedimento é medida custo-efetiva para a prevenção e controle da infecção da corrente sanguínea em pediatria, onde destacamos a habilitação e capacitação de profissionais no uso de cateter vascular de inserção periférica (PICC). A utilização do PICC apresenta impacto positivo na redução dos riscos e de incidência de infecção hospitalar da corrente sanguínea.

A utilização de antimicrobianos e outros medicamentos em pediatria é também diferenciada quando comparado ao paciente adulto. A carência de estudos clínicos com medicamentos em pediatria, para fins de segurança, tem determinado a prescrição de antimicrobianos com posologia não descrita em bula do fabricante. Este aspecto é importante, pois há ocorrência de eventos adversos ao uso de medicamentos em pediatria quando do uso dos mesmos medicamentos aprovados para uso adulto.

A presença dos pais como agentes de apoio para o controle de infecção em pediatria é extremamente importante, com destaque para a adesão à higiene de mãos e apoio às práticas de higiene e isolamento no cuidado da criança. A atenção à alimentação também é importante, onde o fornecimento de alimentos externos ao hospital  de fonte não segura constituem fonte de infecção hospitalar de causa exógena. As práticas de prevenção e controle de infecção em pediatria exigem campanhas lúdicas, onde o foco na higiene de mãos deve ser educativo e com participação das crianças, pais e cuidadores.

Leia também: O contexto hospitalar para uma criança

Atualizado em 18 de janeiro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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mensagem enviada

  • jose luiz disse:

    Em tempos de superbactéria, a importância de um hospital infantil com taxas de infecção hospitalar mais baixa e seguro para as crianças

  • Minha filha teve um problema com infecção ao nascimento, por causa da ingestão de mecônio. Acreditamos que isso ocorreu devido ao atraso no parto e ao consequente sofrimento fetal.

    Abs
    —–
    Alex

  • maria jose disse:

    vejo que hoje em dia os hospitais vivem superlotados.com a falta de medico e quando aparece trabalham quando querem.isso quando não passam a maior parte do tempo muito bem sentado e jogando conversa fora.e a população esperando de um lado para outro.tem que da um basta nessa historia.mandando todos embora e pondo para trabalhar quem realmente precisa. sor assim para resolver toda essa historia.ok

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