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Crianças e adolescentes não deveriam lutar boxe
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Crianças e adolescentes não deveriam lutar boxe

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30/08/2011
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Em tempos de UFC Rio, onde se apresentaram estrelas brasileiras deste esporte que é uma sensação entre os jovens do mundo todo, é bom refletir sobre artigo publicado na revista Pediatrics (da Academia Americana de Pediatria) sobre a prática de boxe por crianças e adolescentes.

O boxe não é um esporte apropriado para crianças e adolescentes, afirmam os médicos da Academia Americana de Pediatria (AAP) e da Sociedade Canadense Pediátrica (CPS), em uma nova normatização de política para a prática esportiva. “Queremos que as crianças e adolescentes prossigam praticando ativamente esportes e recreação, mas o boxe não é uma boa opção“, disse Claire LeBlanc, co-autor da declaração da nova posição e presidente do Comitê Vida Saudável e Medicina do Esporte. “Sugerimos que os jovens participem de esportes onde o foco principal não é golpes na cabeça aplicados deliberadamente.

Leia também: A importância dos jogos coletivos para as crianças e adolescentes

Pugilistas amadores correm sérios riscos de ferimentos no rosto e lesões cerebrais, incluindo a concussão. O cérebro das crianças é mais vulnerável ​​à concussão e sua recuperação leva muito mais tempo do que para adultos. Embora pugilistas amadores devam usar equipamentos de segurança, não há nenhuma evidência científica que mostre que os equipamentos usados realmente reduzem a incidência de contusões.

Enquanto a maioria dos esportes têm algum risco de lesão, o boxe é especialmente perigoso porque esses atletas são recompensados ​​por sucessivos golpes, deliberadamente voltados para a cabeça de seu oponente“, disse LeBlanc. USA Boxing e Boxe Canadá não mantém estatísticas sobre o número de participantes ou as taxas de lesão dos seus membros. No entanto, a National Electronic Injury Surveillance System apresenta dados dos ferimentos ocasionados pelo boxe coletados em setores de emergência de hospitais dos EUA. Em média, 8.716 acidentes por ano tiveram origem neste esporte, índice que aumentou significativamente de 1990 a 2008.

O relatório ainda aponta que 35% das lesões em homens e rapazes foram ocasionadas na cabeça e pescoço, especialmente concussões e lacerações. A concussão representou 8,1% dessas lesões e os índices foram semelhantes entre os grupos etários 12-34 anos de idade. Isto é preocupante, considerando que golpes repetitivos na cabeça ao longo do tempo podem ser fator de risco para encefalopatia traumática crônica, afirmaram os autores do estudo. A AAP e a CPS estão pedindo aos pediatras e a outros profissionais de saúde para desencorajar fortemente a participação de seus pacientes em lutas de boxe, além de orientá-los para esportes alternativos e outras atividades recreativas como natação, tênis, basquete e vôlei.

Fonte: “Boxing Participation by Children and Adolescents“. Publicado em Setembro de 2011 na Pediatrics.

Atualizado em 29 de janeiro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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mensagem enviada

  • Luan disse:

    Quem escreveu essa matéria ? acho que quem escreveu não intende! tenho 15 anos pratico boxe a 2 anos, e um esporte e não uma briga, fiquei até mais calmo depois que comecei a praticar, e não briguei desde quando comecei ! Boxe e um esporte ! faz muito bem pra saúde, depois que comecei no boxe ganhei mais força e resistência !

    OSS !

  • Luan disse:

    e quase esqueci !, tem toda proteção para a pratica do boxe ! você só luta em uma competição, não na academia ! na academia você faz sparring e sombreado ! e é apartir de 2/3 anos que você pode competir e ainda tem que usar o capacete de proteção !

    • Equipe Sabará disse:

      Caro Luan,

      Parabéns pela suas colocações. A matéria foi baseada em levantamentos realizados pelo sistema de saúde no Canadá, e ela aponta para médicos os riscos existentes em vários esportes. No caso do boxe existe o riscos de lesões cerebrais, mesmo quando se usa os equipamentos de proteção. Você e os amantes do boxe podem não gostar disto, mas é uma constatação. Por isto mesmo você quando praticar deve estar atentos aos golpes recebidos na cabeça, pois estas lesões podem se manifestar muitos anos depois. De qualquer forma parece que para você este esporte esteja sendo bom, mas procuraria realizar talvez outra arte marcial que tenha menos contato.

      Abraços e boa sorte no seu esporte! =)

  • Natália disse:

    Acho que o autor do texto se referiu a prática como a forma do UFC ou do próprio boxe em si como ocorria na época do Popó, ou seja praticado profissionalmente.

    No caso da prática do esporte em academias, sem intensão profissionalizante não há contato direto, muito menos socos na cabeça que permitam lesões cerebrais como a colocada pelos autores dos artigos pesquisados.

    O ideal é procurar a academia que tenha um treinamento voltado para a pratica de atividade física em si, como forma de liberar as tensões do adolescente e lembrar que assim como outros esportes o boxe permite melhora das condiçoes cardiovasculares, dos niveis de HDL além da perda de peso e definição corporal.

  • jeferson alves de jesus disse:

    caramba meu ?se tudo issu que falaram do boxing que é perigoso eu paro de praticar .uai.
    depois que que comecei pra ticar boxing me sinto bem e calmo e melhor resistencis………..

  • Willian disse:

    Simples, se o problema é levar golpes, não se deixe golpear, derrube seu oponente antes que ele sequer tenha tempo de te acertar, o objetivo do Boxe não é apanhar demais, se isso acontece com vc é pq vc não está fazendo direito, é um jogo de golpear sem ser golpeado ou golpeado o mínimo possível.

  • Uilmara Machado de Melo disse:

    EXCELENTE ARTIGO! Acho INCOERENTE relacionar o boxe à ESPORTE, porque, pelo que eu saiba, esporte é para causar bem estar físico e mental, sem falar que já temos violência demais, cotidianamente!

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