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Estamos na pior cobertura de vacinação de nossa história recente
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Estamos na pior cobertura de vacinação de nossa história recente

Estamos na pior cobertura de vacinação de nossa história recente

23/09/2020
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É muito triste para mim, como pediatra, ver o Brasil perder um de seus melhores indicadores de saúde infantil: a cobertura de vacinação em crianças para doenças preveníveis. Sete das nove vacinas indicadas para bebês tiveram em 2019 os piores índices de cobertura pelo menos desde 2013 no País. Em alguns casos, como os dos imunizantes contra tuberculose (BCG) e poliomielite, o porcentual de crianças vacinadas em 2019 foi o menor em mais de 20 anos, segundo dados oficiais do Programa Nacional de Imunizações (PNI) tabulados pelo jornal O Estado de S.Paulo no portal Datasus, do Ministério da Saúde.

Para especialistas em imunização, os movimentos antivacina no País têm pouca influência, mas há baixa percepção de risco da população sobre doenças erradicadas e dificuldades no acesso aos imunizantes nos postos de saúde, como o problema da falta de vacinas. Os pais procuram os postos e nem sempre encontram todas as vacinas, e isso afeta a credibilidade do programa. Quanto ao desabastecimento de alguns imunizantes, o Ministério da Saúde alegou que “tem buscado alternativas e parcerias no mercado internacional a fim de suprir a demanda”. Entre as alternativas, diz a pasta, está a aquisição de um mesmo produto de diferentes laboratórios e remanejamento de vacinas dentro do território nacional para suprir a falta temporária em determinadas localidades do Brasil.

Na tentativa de retomar os índices, o Ministério da Saúde já prepara uma campanha de multivacinação em outubro. Para especialistas, no entanto, a adesão à vacinação deve ser estimulada já sobretudo em estados que planejam retomar as aulas nas próximas semanas, uma vez que com o isolamento social, muitas crianças ficaram sem tomar suas vacinas rotineiras.

A imunização através de vacinas é o que a humanidade inventou que mais protege e previne o ser humano de doenças. Foi através de uma vacina que erradicamos a varíola e quase acabamos com a poliomielite. A esperança do mundo todo para o final da pandemia está colocada no início da vacinação, e para isso há um esforço global envolvendo os maiores laboratórios e as maiores universidades do planeta para desenvolver em tempo recorde uma vacina capaz de imunizar a população de todos os países.

É importante que nossos governantes se atentem para a importância da imunização e não deixem faltar as vacinas: que ajustem os horários das UBS e que facilitem o acesso da população para que as vacinas sejam dadas nas datas corretas e não somente nas campanhas.

Este tema tão importante será debatido em novembro em nosso IIº Fórum de Políticas Públicas por especialistas da área e formadores de opinião, jornalistas, políticos e quem quiser participar.

Saiba mais sobre este assunto:

Páis tem piores índices de cobertura da série histórica nas principais vacinas 

Pela primeira vez no século, Brasil não atinge meta para nenhuma das principais vacinas infantis

A vacina está para chegar. E você, vai tomar?

Vacinas: poderosa arma contra as doenças

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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