Exposição à TV pode levar a agitação nos bebês
0 —Há muito tempo sabe-se que crianças menores não devem ser expostas à TV de maneira prolongada. Os autores de um estudo sobre o assunto, publicado na revista Pediatrics de maio de 2014, descrevem as dificuldades deste limite de tempo e a relação com problemas como: sono, regulação e atenção emocional auto-calmante. Eles analisaram dados de 7.450 crianças na Primeira Infância nascidas em 2001, incluindo informações relatadas pelos pais aos 9 meses e aos 2 anos de idade. Os pesquisadores compararam as taxas de problemas de autorregulação e os índices de uso de mídia pelas crianças. Eles descobriram que os bebês e crianças com dificuldades de autorregulação emocional tiveram maior exposição à mídia. Mesmo depois de considerar outros fatores que influenciam essas características, como fatores sociodemográficos e ambiente familiar, não ficou claro se o uso pelas crianças dos meios de comunicação tem relação com a sua birra, ou se o uso da mídia de alguma forma contribuiu para as suas dificuldades de regulação. Os autores observaram que a primeira infância é um momento crucial para a formação de hábitos de mídia ao longo da vida, e levantaram o possível benefício de intervenções para ajudar os pais a gerir comportamentos difíceis de seus filhos, bem como gerenciar seu tempo de mídia. Tanto para a quantidade quanto para o conteúdo. Ao meu ver, este é o grande desafio dos pais, com tanto acesso às mídias (tablets, games, TV etc) saber o que, quando e quanto tempo é um problema sem muitas respostas claras e científicas. Aguardemos os próximos capítulos da discussão.
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Fonte: Infant Self-Regulation and Early Childhood Media Exposure – Pediatrics may 2014
As informações contidas neste site não devem ser usadas como substitutas para o tratamento médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 12 de junho de 2024
Dr. José Luiz Setúbal
(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.