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Histórias de Superação: o caso do Otávio
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Histórias de Superação: o caso do Otávio

Histórias de Superação: o caso do Otávio

24/10/2013
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Em breves palavras, deixo aqui registrado um pouco da minha história com meu filho Otávio Marcos e o Dr. Fernando G. Pinto, que usou seus conhecimentos médicos, que não são poucos, para salvar meu filho.

Minha gestação, apesar de agitada com a correria do dia a dia, foi tranquila. Pressão, peso, desenvolvimento, exames morfológicos, tudo dentro da normalidade. O parto foi uma cesárea tranquila feita por falta de dilatação, mas, como eu tinha contração forte, o Otávio nasceu com 38 semanas exatas, pesando 3.100 kg e com 49 cm de altura. Um bebê calmo e, até então, tudo dentro da normalidade.

Quando o Otávio completou 4 meses de vida, percebi sua dificuldade de ingerir alimentos. Ele tinha ânsia e um olhar alto. Sua testa estava ficando dilatada e eu comecei a perceber que meu filho não estava mais como antes. Sua cabeça estava ficando com o formato diferente e eu não sentia, quando apalpava, sua moleira. As pessoas comentavam: “Nossa, o bebê é cabeçudinho”, e aquilo começou a me incomodar. Foi quando, em uma visita ao pediatra, o Dr. Paulo Roberto Missi, questionei sobre o assunto e ele mediu a cabeça do meu filho. A medida do abdome deu 49 cm e da cabeça 52 cm. Eu fiquei assustada e ele me orientou a ficar calma e solicitou que fosse feito um exame de ultrassom.

Depois de três dias, eu estava fazendo este ultrassom. O médico que realizou o exame era muito calado. Eu olhei a imagem e, sem entender nada, via algo grande. Perguntei a ele no final do exame e o mesmo me respondeu: “Seu filho tem um cisto na cabeça” e se retirou da sala. Meus olhos se encheram de lágrimas. Ali, senti um aperto no peito, uma impotência perante a notícia. Peguei meu filho nos braços olhei para o meu pai que me acompanhava e contei a ele.

No dia seguinte, fui correndo ao pediatra com o resultado. Ele olhou e disse que pediria uma tomografia da cabeça e me orientou a procurar um neuropediatra já levando o resultado do ultrassom.

Ali, começava uma corrida contra o tempo. Rapidamente fui levar meu filho para fazer a tomografia no Hospital Infantil Sabará. Meu esposo trouxe o resultado da tomo e, em seguida, fui procurar um neuro que atendesse crianças na cidade em que resido. Consegui marcar uma consulta com urgência com um neurocirurgião que atende crianças. Um senhor idoso que atende em grandes hospitais de São Paulo. Ao olhar os exames do meu filho, ele olhou em meus olhos e me disse as palavras mais frias que ouvi em toda a minha vida…

Ele me disse que o meu filho tinha o cérebro despedaçado e um cisto enorme na cabeça. Disse que o cérebro do meu filho não tinha se desenvolvido e que ele não andaria, falaria. Que se meu filho sobrevivesse, viveria em estado vegetativo e que não sabia como, mas não era nem para meu filho conseguir sustentar a cabeça, que já estava grande e pesava muito. Mas, mesmo ele tendo essa sustentação da cabeça e não tendo convulsões (que seria normal para uma criança com este tipo de deficiência), este era o diagnóstico.

Fiquei em choque. Absolutamente em choque. E perguntei se não havia algo que pudesse ser feito. Ele me respondeu que pediria uma ressonância, mas que eu nem precisava me desesperar, porque perante a medicina, meu filho já estava condenado.

Saí da clínica sem chão e minha mãe me aconselhou a ir fazer a ressonância o quanto antes e não desistir agora, como o médico tinha falado.

Voltei ao pediatra e ele me aconselhou a procurar na capital um hospital bom e a opinião de um segundo e até terceiro neuropediatra se fosse preciso.

Marquei a ressonância do meu Otávio no Hospital Infantil Sabará. Na recepção do hospital, vendo minha angústia e desespero de mãe, uma recepcionista me informou que o hospital não tinha neuropediatra para me atender naquele dia, mas que, em frente ao Sabará, havia a clínica do Dr. Fernando que atende essa especialidade. Ela se ofereceu para ligar lá e marcar uma consulta. Aceitei. Ela conseguiu uma consulta para meu filho às 14h. Ficamos lá esperando desde as 10h da manhã.

Ao chegar ao consultório, contei ao Dr. Fernando tudo o que tínhamos passado até ali. Mostrei os exames e ele deu o seu parecer:

“Não se preocupe! Seu filho precisa ser operado o mais rápido possível. Colocarei uma válvula peritoneal, pois ele tem uma hipertensão craniana com cisto aracnóide. Este cisto está localizado no meio do cérebro dele. A minha ideia é murchar este cisto e assim a válvula vai drenar o excesso de água no crânio. Mas tudo ficará bem.”

O Dr. Fernando estava indo para um congresso e retornaria dia 01 de outubro. Ele mesmo ligou para o Hospital Infantil Sabará e deixou a cirurgia do Otávio marcada para o dia 02 de outubro de 2012, às 05h da manhã.

No dia 01 de outubro, demos entrada na internação do Otávio por volta das 20h. Nesta época, meu filho havia acabado de completar seis meses de vida.

No horário combinado, o Dr. Bira, que faz parte da equipe do Dr. Fernando, foi até o quarto e fez os exames e a preparação do Otávio para a cirurgia, que levou cerca de 1h30.

Fiquei na porta do centro cirúrgico, apreensiva. Aguardando notícias do meu filho. Quando de repente, ouvi seu choro. Reconheci como sendo do meu filhinho.

O Dr. Fernando saiu acompanhado pelo Dr. Pedro e me deu a notícia de que tudo tinha corrido bem. A cirurgia do Otávio tinha sido um sucesso!

Meu coração se alegrou ainda mais quando vi meu bebê. Ele nem parecia que tinha passado por uma cirurgia tão delicada. Havia, em sua cabeça, logo atrás da orelha, um pequeno corte, onde a válvula foi colocada.

Agora, eu podia sentir a moleira do meu filho. Ele se movia normalmente e se alimentava sem sentir ânsia. Seu olhar estava natural, bem diferente de como era antes da cirurgia.

Naquele momento, eu agradeci a Deus por ter enviado anjos na Terra como o Dr. Fernando. Pessoa que exerce o sacerdócio da medicina com seriedade e amor ao próximo.

Aos 11 meses de vida, o Otávio começou a pronunciar suas primeiras palavrinhas: maçã, papá, batata, não, quero, rs…

Com 1 ano e 2 meses de vida, ele firmou as perninhas.

Hoje, o Otávio está com 1 ano e 7 meses e já anda, fala, corre, briga, entende tudo, dá risada. Meu filho tem se desenvolvido normalmente e de uma forma tão maravilhosa que o próprio Dr. Fernando disse, na última consulta que estivemos (em 20/09/2013), que não pediria nenhum exame, que agora eu só levaria meu filho para vê-lo quando ele completar 2 anos de vida.

Deixo aqui meu relato, minha experiência de vida como mãe e serva de Deus. Quero deixar a todos vocês que estão passando por isso, uma palavra de fé. Não importam as circunstâncias. Não importa o que te disseram. Continue buscando e crendo no seu milagre!

Deus opera milagres e cura enfermos. E, vez ou outra, ele usa pessoas naturais, como usou o Dr. Fernando, para promover a cura e a libertação do meu filho.

Grata pela oportunidade.

Por Vanessa C. Macêdo Parron

Leia também: Histórias de Superação: o caso Benjamin

Atualizado em 20 de maio de 2024

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  • Marco Aurélio disse:

    Parabéns pela fé e pelo excelente trabalho!

  • Anderson Grecco disse:

    História maravilha! Parabéns! Abraços!

  • Juliana Teixeira disse:

    Me emocionei com seu depoimento. Parabéns pela sua fé e por não desistir. Nós realmente fazemos de tudo por nossos filhos!

  • paula disse:

    nossa linda sua historia parabens,Deus vos abençoe..

  • Érica Silva Monteiro Galvão disse:

    Olá!
    Parabéns a todos! Sua estória teve um final feliz! Eu posso imaginar o que você que é mãe passou… Acreditou e aí está o Otávio lindo e maravilhoso… Só Deus mesmo para mostrar que Ele pode fazer aquilo que nós não podemos. Felicidades!
    Érica

  • claudia cronemberger disse:

    Deus é maravilhoso opera milagres ele colocou esse médico na vida do seu bebê para salvá-lo e ter tazer toda felicidade do mundo.Você é vitoriosa parabéns e continue tendo muita fé. bjs

  • Ana Paula disse:

    Querida Vanessa…
    Passei a pouco por um problema bastante parecido com o seu. Meu filho Gabriel, 17, foi diagnosticado com hidrocefalia e graças a Deus hoje, depois de ser atendido pela equipe deste “anjo” (Dr. Fernando Gomes Pinto), está completamente restabelecido… Desejo a você e ao seu lindo filho, todas as bençãos necessárias para serem muito felizes! Abraços e fique com Deus! Ana Paula -Ourinhos/SP

  • solange disse:

    Emocionante história. Estou passando por uma luta também, com tumor no cérebro. Meu neurocirurgião é do Rio, mas acompanho as andanças do Dr. Fernando na internet e sei que o menino está em boas mãos. Continue tendo e Boa sorte.

  • Marielen Lima disse:

    Historia de fé e luta como a minha, Minha Rafaela foi diagnosticada c hidrocefalia desde as 16 semanas de gestação e ouvi de tudo, até q pelo milagre de Deus, minha bebe nasceu super bem, não precisou da valvula e nenhuma cirurgia. Deus coloca anjos em nossas vidas, e eu creio q o Dr. Fernando é um anjo. Quero ainda um dia poder conhecer o Dr. Fernando 😉

  • Lais disse:

    Lindo depoimento!!!!! Alguns médicos são assim, sem esperança, mas graças a Deus, entra em nosso caminho pessoas boas e acreditam na vontade de viver do pequenos!

  • maria luciana siqueira paulo disse:

    Me emocionei com esse depoimento porque tive uma filha no ano 2000 que nasceu com anencefalia e morreu com 3 meses hoje ela teria 14 anos.Mas mesmo sabendo desde quando eu estava gravida eu não desisti da minha filha,cuidei,amei e fiz tudo o que eu pude por ela,mas infelizmente não tinha o que ser feito por ela.Mas fiquei tão feliz pela historia do Otávio.

  • Tania Mazetti disse:

    Parabéns a equipe que trabalha!!!
    são mensageiros de Jesus e do plano espiritual atuando na terra!
    Já passei muita coisa com meus filhos também e sempre tive anjos médicos e enfermeiras maravilhosos ao meu lado principalmente Dr. Vanor Wagner Rezende que durante muitos anos trabalhou no Hospital Sabará.

  • Tania Mazetti disse:

    Vocês são uma família vitoriosa, vencedora e merecedora, pq quando temos méditos …. pode até ser muito difícil mas alcançamos. parabéns à todos pela vitória.

  • Roseliy Loureiro disse:

    Boa noite.
    Estou passando por um dilema bastante constrangedor com um sobrinho, que a mãe aos 2 anos de idade deixou conosco, e foi tentar a vida na Itália.Esta criança hoje com 11 anos,desde do ventre de sua mãe ouvia gritos, impaciência, dada tb a sua falta de equilíbrio para com a vida.Quando foi morar na Itália, deixou a criança com minha irmã mais velha, que cuidou dele até aos 6 anos de idade, fazendo todas as vontades possíveis e impossiveis.Quando ele estava para completar 7 anos minha irmã ficou cega, e me senti na responsabilidade de arcar com tal responsabilidade juntamente com meu irmão (pai da criança) que tb muito pouco contribui para levar a esta criança valores, princípios que foram passados para ele; mais que não aplica ao filho etc…A mãe vem ao Brasil de seis em seis meses, fica aqui uns dois as vezes até três meses, mais não mostra nenhuma intimidade e amor maternal por esta criança. Hoje aos 11 anos, ele esta já falando alto com os de casa, querendo ter a liberdade de andar sozinho, se mostra as vezes (percepção minha)com vergonha de nós que o educamos.Somos em 4 pessoas: o pai com 62 anos, eu e minha irmã gêmea com 54 e a mais velha 65.Quando assumi o papel de cuidar desta criança vi na mesma alguns comportamentos que me incomodavam como: dificuldade de aprendizado, excesso de nervoso, ansiedade incontrolável etc. Levando a uma Neuropediatra a mesma apenas olhou para a criança e disse que ele tinha Transtorno de Deficit de Atenção com Hiperatividade e receitou Ritalina o que ele tomou por seis meses, em virtude de meu irmão achar que estava trazendo alguns comportamentos estranhos a criança, inclusive não contribuindo em nada para a melhora do terror noturno. Foi a médica (o pai) com a criança e narrou o que vinha ocorrendo, resumindo a médica suspendeu o medicamento. A criança continuou a ter evolução em seu quadro de terrores noturnos, dificuldade na escola, era e é reclamações e mais reclamações dada a sua lerdeza em copiar matérias e viajava muito em sala de aula.Não satisfeita com a situação até porque eu sentia que esta criança estava e esta sofrendo por conviver assim, o levei a uma outra neurologista de minha cidade, que pediu que fizesse um eletrofacelograma na criança e levasse para ela. Ok. Fiz, busquei o resultado e ela me disse que ele tem Transtorno de Deficit de Atenção mais que não tem hiperatividade.Resumindo. Foi receitado tofranilonde ele tomou por 1 ano e tudo continua na mesma. Psicólogos? Passou por 3.Ultimamente esta agressivo,busco e levo na escola,graças a Deus não tem envolvimento com nada de errado, as vezes o pego sentadinho pensando não sei o que.Ele conta as coisas da escola para mim.Não tem espírito esportivo nenhum.Por morar no interior do ES – Guarapari, e conseguir um tratamento de qualidade, tenho que me deslocar de minha cidade para a capital.O que a saúde pública ou mesmo particular em nosso Estado vai de mal a pior.Mais mesmo assim, encontramos bons profissionais. Desculpe, foi apenas um desabafo. Se sentir tocado (a) para me alertar em algo, fico muito grata.Boa noite.

    • Roseliy Loureiro disse:

      Desculpe sinceramente não achei que fosse postado.

    • Equipe Sabará disse:

      Olá Roseliy,
      Primeiramente gostaríamos de parabenizar por sua preocupação. Mãe é mãe. Pelo que você relata, já conversou com diversos médicos e o problema não foi resolvido. Recomendamos que tente mais uma vez, outra consulta. Busque outro psicólogo e outro acompanhamento. Entre paciente e médico é preciso haver empatia. Quanto as suas atitudes, permaneça como vem fazendo. Converse com ele, mantenha sempre o diálogo e deixe ele perceber que tem um você uma amiga e uma parceira. Que ele pode confiar em você. Além de ter transtorno de Déficit de atenção está passando por uma fase de transição da infância para a pré adolescência. Diálogo é importante, carinho e entendimento. Sinta-se a vontade em desabafar conosco. Abraços.

  • Bruna Vaz disse:

    Que bom saber dessa historia pois estou passando por a mesma situaçao, so que no meu caso eu descobri na gestaçao, hoje meu filho esta com 23 dias e a sua cirurgia esta marcada para o dia 17/12 quando completara 2meses, ele ira fazer um procedimento chamado ‘vemtriculostomia pois seu cisto e no 3ventriculo e ja esta com mais de 4cm, me sinto muito angustiada…

  • Alessandra disse:

    Que Deus continue zelando pelo seu filho! Dr Fernando é um grande médico! Mas não esqueça de agradecer aquela secretária, que foi um verdadeiro anjo que indicou o caminho que os levaram até o Dr Fernando. Sem a indicação dela talvez seu filho não estivesse aqui!

  • Andréia disse:

    Estou chorando com o caso do seu filho, obrigada por compartilhar meu filho está com um cisto e estou tão tão desesperada sua história me dará forças Deus abençoe vocês eternamente.

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