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Todos os jovens da minha geração cresceram lendo as tirinhas da Mafalda, a personagem criada pelo argentino Quino, falecido em 2020. Juntamente com o menino maluquinho do Ziraldo, Charlie Brown e Snoopy da Schulz, Calvin e Haroldo de Bill Watterson e da turma da Mônica do Maurício de Sousa, Mafalda faz parte de personagens infantis que, cada um a seu jeito, viu o mundo que o cercava e faziam comentários universais.
Mafalda, uma menina de classe média argentina dos anos 60/70 olhava para o mundo através dos acontecimentos da época, como o movimento hippie de paz e amor, o movimento dos direitos civis americanos como o black power, os movimentos estudantis de 1968, os Beatles, a Guerra do Vietnam, as ditaduras latino-americanas (Argentina e Brasil), a guerra fria e muito mais.
Além de Mafalda, outros personagens fundamentais nas tirinhas também conquistaram o público. Entre eles, estão seus pais, que vivem as dificuldades e alegrias de criar uma criança questionadora, e seu irmãozinho Guille, um bebê curioso.
Temos também seus amigos: Felipe, um garoto sonhador e tímido, típico representante dos anos 60; Manolito, o prático e obcecado por negócios, filho do dono armazém, era obcecado pelo capitalismo e fã de Rockfeller; Susanita, uma menina materialista cuja ambição maior é casar e ter filhos, a representação da mulher ultrapassada pelos movimentos que estavam ocorrendo e ela nem se dava conta; Miguelito, um ingênuo que sempre se envolve em divagações filosóficas, outro representante da geração 60/70 e Libertad, filha de pais hippies.
Juntos, esses personagens criam um universo crítico e engraçado que reflete a sociedade argentina e mundial daquela época, mas que ainda se mantém com certa atualidade até hoje.
Como aconteceu com o Calvin, Mafalda após 10 anos de publicação parou de ter novas publicações por iniciativa de seu criador Quino. Mas dela ficou, pelo menos para mim, frases incríveis como:
Mafalda é uma menina crítica e curiosa que questiona o mundo adulto e denuncia as desigualdades e injustiças do mundo. A personagem é um ícone cultural da América Latina e segue relevante em discussões políticas e sociais ao redor do mundo.
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