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Musculação: quando começar?
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Musculação: quando começar?

Musculação: quando começar?

30/01/2014
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Existe hoje uma grande dúvida dentro da área da Educação Física referente à musculação para crianças e adolescentes. Infelizmente, ainda é um tema controverso para muitos profissionais da saúde, como médicos e educadores físicos. Quando ela pode ser iniciada? Pode ser praticada por crianças e jovens? Quais são seus reais benefícios? Ela pode substituir outras modalidades esportivas?

Podemos iniciar dizendo que nenhuma modalidade esportiva substitui a prática de outra e nenhuma atividade física é melhor do que a outra. Por quê? Porque quando praticamos uma atividade física ou uma determinada modalidade esportiva devemos levar em conta vários fatores associados: idade, objetivos, frequência de treino, desenvolvimento físico, biotipo do praticante, entre outros.

Dizer que a natação é o esporte mais completo, que a corrida é totalmente prejudicial à saúde, que o polo a cavalo é extremamente agressivo é fácil para quem não conhece e não tem contato com essa infinidade de opções que existem no mundo esportivo. O grande segredo é o correto acompanhamento de um profissional da área em todos os momentos.

Mas… E a musculação?

Existem quatro grandes associações internacionais que já emitiram parecer favorável quanto à prática de musculação para crianças e adolescentes como exercício eficaz e seguro quando bem orientado. São elas:

American College Of Sports Medicine (ACSM, 2000);
National Strength and Conditioning Association (NSCA, 1996);
The American Academy of Pediatrics (AAP, 2001);
American Orthopedic Society for Sports Medicine (AOSSM, 1988).

Os principais benefícios da prática da musculação são:

– Aumento da força e resistência muscular;
– Melhora do desempenho esportivo;
– Prevenção de lesões nos esportes e também em atividades recreativas;
– Reabilitação de lesões;
– Melhora da composição corporal, com diminuição da gordura, podendo dessa forma prevenir e tratar a obesidade infantil;
– Aumento da densidade mineral óssea;
– Aumento da capacidade cardiorrespiratória;
– Diminuição de lipídios sanguíneos;
– Melhoria do bem-estar psicossocial;

É valido lembrar que a prática de musculação não favorece alterações na produção de nenhum hormônio responsável pelo crescimento longitudinal e maturação esquelética em crianças e adolescentes.

Segundo uma pesquisa alemã publicada na revista Pediatrics, jovens de qualquer idade que fizeram treino de resistência pelo menos duas vezes por semana, durante um mês ou mais, tiveram maior ganho de força que aqueles que se exercitavam apenas uma vez por semana ou por períodos mais curtos. O resultado contraria a afirmação de que crianças e adolescentes devem evitar a musculação, porque esse exercício resultaria em baixa estatura e danos físicos, devido, por exemplo, à falta de testosterona, o hormônio que estimula o aumento de massa muscular em adultos.

De acordo com as orientações do Colégio Americano de Medicina Esportiva, um bom procedimento de abordagem para superação da falta de tempo é encorajar os adolescentes a tentarem acumular períodos curtos de exercícios com intensidade moderada, no decorrer do dia. Esta estratégia procura melhorar a aderência aos exercícios que, quando realizados de forma intervalada, também demonstram impacto positivo nos níveis de aptidão cardiorrespiratória, HDL, insulina e na composição corporal. Outra estratégia para aumentar a aderência do adolescente é facilitar o acesso a locais e instalações para a prática de atividades físicas. Em relação à falta de interesse para a prática de exercícios, tem-se abordado tentativas de se desenvolver uma maior flexibilidade, permitindo que o adolescente escolha os tipos de atividades que o agradam para que mantenha a motivação e a regularidade.

Crianças a partir de 7 ou 8 anos podem praticar esse tipo de treino, pois não há razão para não se exercitarem fazendo movimentos de flexões de braço, abdominais e agachamentos, nos quais usam apenas o peso de seu próprio corpo como sobrecarga. Mas, nessa faixa etária, outras atividades são mais interessantes para despertar a motivação para a atividade física, como esportes coletivos, natação, judô, ginástica artística. Como foi dito anteriormente, o importante é que a criança pratique esporte de maneira saudável, com frequência e, acima de tudo, com prazer e acompanhamento profissional!

Por Maria Helena S. Castro, psicomotricista, atua com crianças que têm dificuldade neuromotora

Atualizado em 29 de maio de 2024

Comunicação PENSI

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