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Obesidade infantil: desafios do tratamento nutricional
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Obesidade infantil: desafios do tratamento nutricional

Obesidade infantil: desafios do tratamento nutricional

31/08/2020
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Um dos pilares para o combate da obesidade infantil é a promoção de hábitos alimentares saudáveis e equilibrados durante a infância. Quando se trata de crianças, necessariamente há uma família e responsáveis envolvidos neste cenário e, o aumento da obesidade na faixa etária pediátrica também está relacionado a falta de interpretação dos cuidadores sobre a necessidade de um tratamento específico.

Nos dias atuais, ainda é complexo lidar e falar sobre o excesso de peso na infância. Muitos pais acham que “vai passar sozinho com o crescimento ou realmente não conseguem enxergar e assumir que precisam de ajuda profissional especializada. Após vencida a etapa do diagnóstico, o nutricionista realiza uma extensa entrevista sobre os padrões alimentares da criança e consequentemente da família.

Não raro, neste momento há um sentimento de “pena” ou “dó” dos pais e cuidadores por terem que assumir novas atitudes alimentares. Esta postura dos pais de colocarem a criança como vítima, não contribui em nada ao tratamento, e nem tampouco está de acordo com a própria posição e visão que a criança possui sobre si e, frente as novas atitudes alimentares.

O profissional especializado entende que o comportamento alimentar infantil é totalmente diferente dos adultos. Além do repertório cognitivo da criança ser limitado e dependente da dinâmica familiar, a criança, em geral, responde muito bem às orientações profissionais, já que é focada no presente. Suas perguntas são objetivas e relacionadas ao que ela precisa comer e como deve se alimentar. Incluir a criança na dinâmica da avaliação nutricional, considerando seus limites de compreensão é de suma importância para o sucesso no tratamento.

A postura ativa e responsiva dos responsáveis frente às orientações do nutricionista é de fundamental importância para o sucesso no tratamento da obesidade infantil. As crianças são capazes e naturalmente cooperativas, mas necessitam do apoio e da vontade dos adultos em proporcionar um ambiente favorável. O estilo de vida ativo, com alimentos nutritivos e um ambiente equilibrado podem modificar o diagnóstico nutricional da criança e de toda a sua família.

Leia também: O duplo impacto da má nutrição na primeira infância

Priscila Maximino

Priscila Maximino

Nutricionista do Núcleo de Nutrologia e Metabolismo do Instituto PENSI

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