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Palavras de apoio aos pais e cuidadores de uma criança ou adolescente diagnosticado com câncer
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Palavras de apoio aos pais e cuidadores de uma criança ou adolescente diagnosticado com câncer

Palavras de apoio aos pais e cuidadores de uma criança ou adolescente diagnosticado com câncer

03/03/2021
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Se você está lendo isto, você é pai, mãe ou alguém que cuida de uma criança ou adolescente recentemente diagnosticado com câncer. Ter um filho de qualquer idade com diagnóstico de câncer é uma experiência perturbadora. Gostaríamos de fornecer informações para apoiá-lo neste momento difícil. Todos os sentimentos são válidos.

  1. A esperança é importante, e pode significar muitas coisas. Há pais que concentram-se na esperança para o presente – como esperar que seu filho tenha um bom dia. Outros focam no longo prazo – como a esperança de que seu filho um dia seja curado. A esperança pode se transformar ao longo do tratamento do câncer.

Tente encontrar coisas pequenas e grandes pelas quais deve-se manter a esperança. Concentre-se em mantê-la compartilhada, não só com seu filho, mas com a família, com amigos e com a equipe médica, para que eles também possam dividir suas esperanças com você.

  1. Medo. É normal ter medo. Muitos pais têm medo do que a quimioterapia e outros tratamentos contra o câncer podem provocar nos filhos. Há pais que temem que não haja cura. Frequentemente, os pais têm medo de não saber o que acontecerá hoje ou amanhã. O tratamento do câncer pode ter efeitos prováveis ​​e improváveis.

Neste período de vulnerabilidade, é importante informar à equipe médica que atende seu filho sobre o que você teme, para que eles possam responder às suas perguntas. Converse com eles sobre esses sentimentos, para que possam esclarecer quaisquer dúvidas ou perguntas que surgirem.

  1. Raiva. Frequentemente, os pais ficam zangados por não poderem fazer mais por seus filhos durante esse período. Há quem fique zangado com a família, amigos, médicos ou até mesmo com Deus por não serem capazes de curar imediatamente o câncer de seus filhos. O tratamento é uma jornada longa e confusa.

Maneiras de aliviar sua raiva, incluem: respirar lenta e profundamente, contar devagar até dez ou caminhar. Experimente falar com um amigo ou familiar ou peça ajuda ao médico ou à equipe médica do seu filho.

  1. Culpa. Há pais que se culpam por seu filho ter câncer. Outros se sentem culpados por não serem capazes de fazer mais para aliviar o sofrimento da criança. O câncer não é culpa de ninguém, e suas causas são complexas. Normalmente, o câncer só é detectável quando há células cancerosas suficientes para causar os sintomas, por isso é difícil encontrar o câncer antes que ele apareça.
  2. Tristeza. A tristeza é outra reação comum. Há pais que ficam tristes porque o câncer virou suas vidas de cabeça para baixo. A mudança de uma criança saudável para uma criança que precisa de tratamento contra o câncer afeta não só o paciente, mas familiares e amigos de maneiras diferentes.

Discuta esses sentimentos com sua família, amigos, com o médico do seu filho ou mesmo com o seu próprio médico. Também é importante encontrar maneiras de cuidar de si mesmo para permanecer forte e apoiar a crianças nestes tempos difíceis.

O diagnóstico afeta toda a família. Embora cuidar de seu filho com câncer seja importante, você também precisará encontrar maneiras de equilibrar esse cuidado com seu trabalho, seu cônjuge e seus outros filhos. Isso nunca é fácil.

  1. Necessidades diárias. Quando a família e os amigos se oferecem para ajudar, aceite. Faça uma lista do que seriam mais útil, desde preparar refeições para a família, passando por dar caronas até assumir tarefas domésticas de rotina. Também pode fazer bem simplesmente sentar e ouvir seus sentimentos. Se amigos e familiares puderem fornecer a ajuda de que você precisa, peça ao seu médico ou assistente social os recursos que podem ajudar.
  2. Relacionamentos. O diagnóstico de câncer de seu filho também pode colocar uma pressão incrível em seu relacionamento com o parceiro. Frequentemente, ambos os pais não podem ir a todas as consultas clínicas ou ficar com o filho durante a internação. Pode ser difícil entender o que o outro, pai ou mãe, está passando. Isso é especialmente verdadeiro quando um está assumindo mais os cuidados diários e sabe mais sobre coisas da rotina – como a criança gosta de tomar seus medicamentos, quais medicamentos tomar e quando, e como é vê-los passar pelo tratamento. 
  1. Preocupação com as finanças. O diagnóstico de câncer também pode representar uma dificuldade financeira profunda. Frequentemente, os pais terão que deixar o emprego para cuidar de seus filhos. As dificuldades financeiras podem ser agravadas pelo custo dos cuidados médicos. Se você estiver com dificuldades financeiras, não hesite em pedir ajuda ao médico ou assistente social do seu filho. A equipe médica pode encontrar recursos financeiros que te ajudem.

Fale com o médico do seu filho se você ou a criança se sentirem sem apoio ou se estiverem confusos com alguma coisa. A equipe é formada por especialistas treinados em cuidar de crianças e adolescentes com câncer, e pode ser uma grande fonte de conforto e informação.

  1. Dúvidas. Há quem acorde tarde se preocupando e pesquisando o diagnóstico do seu filho. É normal que pais de crianças com câncer pesquisem respostas na internet. Mas é importante ter em mente que os cânceres em crianças e adolescentes são diferentes dos cânceres em adultos. Você pode ler sobre uma criança com o mesmo câncer que seu filho, mas a experiência dele pode ser muito diferente. Lembre-se de que as estatísticas de câncer se baseiam em um grande número de pessoas e, portanto, não podem dizer o que acontecerá com seu filho. A melhor maneira de obter informações sobre o câncer do seu filho é falar diretamente com o médico dele. Não tenha medo de fazer perguntas específicas, como as chances de seu filho ser curado ou o que será feito se o câncer de seu filho não melhorar com o tratamento inicial.

Saiba mais sobre este tema:

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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