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Ruas para vida, para as pessoas e para o planeta
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Ruas para vida, para as pessoas e para o planeta

Ruas para vida, para as pessoas e para o planeta

26/05/2021
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Acidentes são a principal causa de morte de crianças de 1 a 14 anos no Brasil. Por ano, mais de 3.300 meninas e meninos morrem por esse motivo e outras 112 mil crianças são hospitalizadas só na rede pública de saúde por esse motivo.

Do total de mortes de crianças de zero a 14 anos em acidentes de trânsito (1.010 casos em 2018), 53% (534) ocorreram quando elas estavam na condição de ocupantes de veículo e 27,5% (278) foram devido a atropelamentos.

Ultrapassar o limite de velocidade permitido é apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das principais causas de acidentes do mundo. De acordo com o Relatório de Status Global de Segurança Viária da ONU de 2018, acidentes de trânsito são, hoje, a principal causa de morte de pessoas entre 5 e 29 anos e, ainda, cerca de 1,35 milhão de vidas são perdidas anualmente no trânsito mundial. Apesar de reconhecer a importância dos cuidados com a velocidade, o relatório aponta que não foi feito muito progresso na área.

Em nossas ruas, no mundo todo, por onde andamos, brincamos e vivemos, pedimos ação na velocidade. Ruas habitáveis ​​e de baixa velocidade são essenciais e urgentes.

  1. Urgente porque as baixas velocidades salvam vidas.
  2. Urgente para a saúde pública, ao tornar a caminhada e a bicicleta mais seguras e acessíveis, possibilitando e incentivando estilos de vida saudáveis. As ruas habitáveis ​​são mais cruciais do que nunca, conforme respondemos ao COVID-19.
  3. Urgente para os Objetivos de Sustentabilidade Globais (ODS) da ONU e para o nosso clima, como uma chave que abre um ciclo virtuoso de viagens ativas com zero carbono, mudando a dependência do carro, permitindo um transporte público próspero, um ar mais limpo e menos emissões de CO2.
  4. Urgente para a equidade social e racial, pois são as comunidades de baixa renda e minorias que estão mais expostas ao tráfego de alta velocidade e ao perigo rodoviário, ao risco ambiental e à exclusão social que isso causa.
  5. Urgente pelos direitos das pessoas com deficiência; para os idosos; para todos os que são vulneráveis.
  6. Urgente para nossas crianças e jovens e vital para seu bem-estar. Eles correm maior risco nas ruas onde vivem, brincam e vão para a escola. Todos os dias, 3.000 crianças e jovens morrem ou ficam gravemente feridos nas estradas do mundo. Uma criança atropelada por um carro a 30 km/h (20 mph) pode sobreviver. Atingido a 80 km/h (50 mph), a maioria morrerá. A velocidade mata.

A Declaração de Estocolmo de 2020, adotada por governos em todo o mundo, apela a um enfoque em ruas habitáveis ​​e, de acordo com as evidências disponíveis, uma velocidade máxima de 30 km/h, onde os usuários vulneráveis ​​e os veículos se misturam. O compromisso com essa abordagem deve estar na vanguarda da nova Década de Ação pela Segurança no Trânsito para atingir as Metas Globais.

Nosso presidente infelizmente pensa diferente e cria leis que vão na contramão do que se faz no Mundo. Afrouxa medidas restritivas, abranda penalidades aos infratores das normas de trânsito e diminui as medidas de prevenção e de segurança. Nós, enquanto sociedade, precisamos pensar coletivamente e reagir pensando em nossas crianças, em nossos idosos e em todos os nossos cidadãos e pedir leis e regras mais restritivas em relação à velocidade, ao uso de cadeirinha e à pontuação para penalizar os infratores.

Agora é a hora de cumprir urgentemente esse chamado à ação, reduzindo, projetando e reforçando velocidades de tráfego que sejam seguras para todos, em qualquer lugar, priorizando as ruas de baixa velocidade em todas as áreas residenciais e próximas às escolas.

Ruas para a saúde. Ruas para o clima. Ruas para pessoas. Devemos agir juntos para criar #StreetsForLife; #ruasparavida

Saiba mais:

Atualizado em 24 de fevereiro de 2025

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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