PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
A ciência por trás das vacinas de covid-19: perguntas frequentes para os pais
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
A ciência por trás das vacinas de covid-19: perguntas frequentes para os pais

A ciência por trás das vacinas de covid-19: perguntas frequentes para os pais

17/01/2022
  2123   
  0
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

Desde que as vacinas contra a covid-19 foram recomendadas para todos com mais de cinco anos, milhões de crianças e adolescentes foram vacinados com segurança. Agora, para manter o maior número possível de crianças protegidas, uma dose de reforço passou a ser recomendada nos EUA, mas ainda não no Brasil, para crianças e adolescentes acima de 12 anos.

Segundo a orientação da Academia Americana de Pediatria e o CDC dos EUA, todos com idades entre 12 e 17 anos devem receber uma dose de reforço se já se passaram, pelo menos, cinco meses desde que receberam a segunda vacina contra a covid-19. Os reforços ajudam a ampliar e fortalecer a proteção contra a ômicron e outras variantes de vírus. Aguardemos a decisão do Ministério da Saúde brasileiro e as orientações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) sobre este assunto.

Se você é pai de um adolescente ou de uma criança em idade escolar, provavelmente tem dúvidas sobre a vacina. Aqui estão as respostas para algumas perguntas comuns sobre a ciência por trás da vacina contra a covid-19:

Como funciona a vacina para a covid-19?

Ela funciona de forma semelhante a outras vacinas que seu filho tomou. Germes como o SARS-CoV-2, vírus que causa a covid-19, invadem e se multiplicam dentro do corpo. A vacina ajuda a impedir isso, ensinando o sistema imunológico a reconhecer e produzir anticorpos que combatem o vírus.

Crianças e adolescentes vacinados e reforçados estão mais protegidos. Se eles forem infectados, provavelmente não ficarão tão doentes quanto ficariam sem a vacina ou reforço. Eles também são muito menos propensos a serem hospitalizados se contraírem o vírus.

Como as vacinas de vírus inativados do novo coronavírus, de mRNA e vetor viral são diferentes?

Atualmente, existem três tipos de vacinas disponíveis no Brasil: vacinas de ácido ribonucleico mensageiro (mRNA) (Pfizer), de “vetor viral” (Johnson & Johnson) e de vírus inativado do novo coronavírus (Coronavac), onde o vírus é cultivado para se multiplicar e, depois, é inativado por meio de calor ou produto químico. Essa tecnologia é uma especialidade do Butantan e é usada em outras vacinas, como a da gripe.

Todos eles têm o mesmo resultado: proteger as pessoas da covid-19. Seus sistemas de entrega são um pouco diferentes.

No momento, crianças e adolescentes de 5 a 18 anos no Brasil só podem receber a vacina de mRNA da Pfizer BioNTech. As vacinas de mRNA contêm RNA mensageiro (mRNA), composto de ácidos nucleicos, que são os blocos de construção de todas as nossas células. O mRNA carrega instruções dentro de um revestimento lipídico (gordura) que diz às células para produzir pedaços inofensivos de proteína “spike”. Estes parecem picos no vírus covid-19 real.

Quando as células produzem esses pedaços de proteína spike, o sistema imunológico reconhece que eles não deveriam estar lá. O corpo do seu filho então produz anticorpos que se livram dos pedaços de espinhos. Esses anticorpos lembram como proteger o seu filho do vírus no futuro. Embora o uso generalizado de vacinas de mRNA seja novo, essa tecnologia vem sendo estudada há décadas. As vacinas de mRNA não contêm partes vivas ou mortas do vírus.

As vacinas de vetores virais também dão instruções às suas células imunológicas. As instruções são transportadas em um vírus inofensivo, que foi alterado para que não seja capaz de se copiar, se espalhar e deixar seu filho doente. O processo é semelhante ao modo como a vacina de mRNA funciona. As células criam a proteína encontrada no vírus que causa a covid-19. O sistema imunológico da pessoa produz anticorpos para se livrar do vírus, e isso pode lembrar como protegê-la de ficar muito doente com o vírus no futuro.

As vacinas de mRNA alteram seu DNA?

Não, as vacinas contra a covid-19 feitas com RNA mensageiro não interagem com seu DNA. O DNA é o seu material genético e está armazenado no núcleo de uma célula. O mRNA nas vacinas nunca chega ao núcleo. E uma vez que suas células imunes tenham usado as instruções, elas quebram o mRNA e ele sai rapidamente do corpo.

E os reforços?

Pessoas com mais de 18 anos que tomaram a última dose do esquema vacinal (segunda dose) há pelo menos quatro meses – desde 02/12/2021;

Pessoas com mais de 18 anos que tomaram a vacina da Janssen há pelo menos dois meses da 1ª dose serão vacinadas com a Pfizer. Mulheres que tomaram Janssen previamente e atualmente estão gestantes ou puérperas deverão ser imunizadas exclusivamente com imunizante da Pfizer;

Pessoas com alto grau de imunossupressão com mais de 18 anos que tomaram a última dose do esquema vacinal (segunda dose) há pelo menos 28 dias – já podem ser vacinadas;

Não há previsão para o início de vacinação para criança e adolescentes menores de 18 anos.

Crianças com condições imunológicas podem receber uma terceira dose?

Sim. Uma terceira dose é recomendada para crianças e adolescentes (a partir de 5 anos) que têm condições médicas ou tomam medicamentos que enfraquecem o sistema imunológico de acordo com os protocolos da Academia Americana de Pediatria e outras entidades médicas. A terceira dose é administrada, pelo menos, 28 dias após a segunda dose da vacina. Embora haja indicação, não há previsão para se vacinar esta população.

Como sabemos que as vacinas para a covid-19 são seguras para crianças?

Grande número das crianças de 12 a 17 anos nos EUA foram totalmente vacinadas, além de muitas outras em vários países da Europa, América do Sul, e Ásia! São mais de 13 milhões de crianças que tomaram as duas doses da vacina contra a covid-19. Quase um quarto de todas as crianças de 5 a 11 anos tomaram pelo menos uma dose.

As vacinas continuam a ser monitoradas muito de perto. De fato, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) dizem que as vacinas de covid-19 terão “o monitoramento de segurança mais intensivo da história dos EUA”.

Fonte:

Academia Americana de Pediatria (Copyright © 2021)

Saiba mais:

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.