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A depressão materna e o crescimento infantil
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A depressão materna e o crescimento infantil

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06/12/2012
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A depressão é uma doença comum nos dias atuais e cada vez mais mães com esse sintoma ficam preocupadas com o que isso pode ocasionar às crianças. Estudos anteriores mostraram que a depressão materna pode levar a maus resultados de desenvolvimento, inclusive de crescimento, que diminuiu nos dois primeiros anos de vida, mas pouco se sabe sobre os efeitos em crianças mais velhas.

No estudo Impacto da depressão materna no crescimento de crianças pré-escolares e escolares, os pesquisadores examinaram dados de estudos longitudinais nos EUA para determinar se os sintomas depressivos maternos aos 9 meses pós-parto afetaram negativamente o crescimento em crianças com mais de 3 anos de idade.

Em comparação com as crianças cujas mães não têm sintomas depressivos, os pequenos que têm uma figura materna com sintomas leves a moderados ou graves de depressão tiveram uma chance de 40% e 48% de estar abaixo do percentual de altura entre os 4 e 5 anos de idade, respectivamente. Não houve déficits significativos de peso nessa faixa etária.

A depressão materna pode ser ligada às práticas de alimentação pobres (incluindo menor duração do aleitamento materno) e aumento de estresse em crianças, que podem afetar o crescimento.

A detecção precoce, tratamento e prevenção de sintomas depressivos no pós-parto podem impedir atrasos no crescimento infantil entre idades pré-escolares e escolares, além de prejuízos emocionais para a criança, a mãe e aos familiares. É importante saber que existem medicações e tratamentos eficientes para essa doença.

Leia também: Pais também podem ter depressão pós-parto

Fonte: Impact of Maternal Depressive Symptoms on Growth of Preschool- and School-Aged Children (Pediatrics, October 2012 – published online Sept. 10).

Atualizado em 11 de abril de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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