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Nos dias de hoje, os pais estão se acostumando a passar em consultas de pronto atendimento com seus filhos, deixando de lado a consulta pediátrica de orientação e puericultura. Esta é uma alternativa para os problemas agudos, mas será que estamos fazendo o melhor para nossos filhos?
Um artigo publicado no site da revista Pediatrics (da Academia Americana de Pediatria – AAP) fez uma análise do tempo de consulta e seus resultados. A conclusão, óbvia a meu ver, é que as consultas pediátricas mais demoradas têm melhores resultados, já que os médicos conseguem uma melhor comunicação com seus pacientes.
Em 2000 entrevistas com pais, houve referência por 33% deles que as consultas em média duram menos de 10 minutos (não é só o SUS que atende rápido) e só 20% refere consultas maiores do que 20 minutos. Aí, temos que colocar que nos EUA existe uma pré-consulta com enfermeiras que medem, pesam e já fazem um questionário básico, além de uma pós-consulta para orientações gerais. De qualquer forma, são consultas muito rápidas.
A satisfação dos pais foi, em geral, mais elevada quando as consultas demoravam mais. Os resultados do estudo mostram que, quando o tempo era limitado, os pediatras eram mais propensos a cobrir os tópicos tradicionais, tais como o aleitamento materno e a imunização, e depois ampliar a discussão para incluir tópicos adicionais, conforme o tempo permitia. Avaliações sobre o desenvolvimento foram fornecidas em cerca da metade das consultas quando o tempo era menor e em cerca de 70% quando o tempo das visitas era mais longo.
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Os autores concluíram que o esforço para melhorar os serviços de prevenção requer estratégias que abordam o tempo e os recursos dedicados a crianças bem cuidadas.
Para nós, pediatras de São Paulo e do Brasil, fica o desafio de fazermos uma boa puericultura e mostrar aos dirigentes da medicina suplementar e do Sistema Único de Saúde que não se pode cuidar bem de nossas crianças com consultas muito rápidas.
Lembramos que uma boa consulta pediátrica deve abordar temas como: imunizações, amamentação e nutrição, prevenção de doenças, marcos de desenvolvimento e questões psicossociais (escola, socialização, sono etc.), além de espaço para discutir com os pais as dificuldades e as estratégias até a próxima consulta.
Fonte: “Duration of a Well-Child Visit: Association with Content, Family-Centeredness and Satisfaction”, edição de outubro de 2011 da Pediatrics (publicado online em 19 de setembro).
mensagem enviada
Prezados, bom dia!
Meu filho de 3 anos fez exames de sangue e alguns deram alterados.TAis exames foram realizados após 3 dias de término do antibiótico amoxil bd 400mg, durante 14 dias. Apresentou colesterol total 187mg/dl,LDL colesterol 122mg/dl, HDL coelsterol 51mg/dl e VLDL colesterol 14mg/dl. Pergunto, é possível o antibiótico ter dado alteração nos exames de colesterol?
Obrigada, Luciana
Olá Luciana tudo bem? Obrigado pela confiança. O ideal é você tirar essa dúvida com o seu pediatra, pois ele conhece o histórico de saúde da criança. Abraços! 🙂
meu pediatra é maravilhoso ele mesmo pesa mede interage com a minha filha……