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As diferenças entre atividade física e esporte competitivo
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As diferenças entre atividade física e esporte competitivo

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22/11/2012
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A atividade física pode ser entendida como qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos (músculos responsáveis pelos movimentos voluntários), que resulta em gasto energético maior que os níveis de repouso. Podemos acrescentar que é também qualquer esforço muscular pré-determinado, destinado a executar uma tarefa, seja ela um “piscar dos olhos”, um deslocamento dos pés, e até um movimento complexo de finta em alguma competição desportiva.

Hoje em dia, esse termo refere-se, em especial, aos exercícios executados com o objetivo de manter a saúde física, mental e espiritual. Em outras palavras, a “boa forma”. A atividade física não tem idade, porém, deve sempre ser orientada de maneira eficaz, seguindo as necessidades de cada um. O esporte pode servir como um fator motivacional e um estímulo para a criança rolar, subir e descer, engatinhar, pular, correr, entre outros.

Aliado a isso, o esporte desenvolve na criança o fator de sociabilização e constrói uma melhor educação e convívio no meio em que ela vive. Nesses tipos de atividades, os pequenos desenvolvem aprendizagens que serão úteis para o resto da vida, incluindo a construção de uma maior consciência de si mesmo, de seus potenciais e limites, além de desenvolver a forma de lidar com o outro, seja ele parceiro, adversário, técnico, professor ou mesmo torcedor.

O esporte competitivo vai além da atividade física. Ele requer maiores habilidades motoras, treinamentos específicos, carga horária de treinamento elevada e compromisso com o esporte praticado. Está relacionado diretamente com a competição e com o ganhar e perder.

Vale lembrar que a “iniciação esportiva precoce” (IEP) é a atividade esportiva desenvolvida antes da puberdade, caracterizada por uma alta dedicação aos treinamentos (mais de 10 horas semanais) e, principalmente, por ter uma finalidade eminentemente competitiva. A competição se torna negativa quando a orientação está voltada exclusivamente para o produto (resultado final). Nesse enfoque, o esporte  está acima da criança, sendo a mesma vista como um atleta em potencial e um simples objeto do treinamento.

Quando começar?

Fazer atividade física não tem contraindicação. Ela pode ser iniciada muito cedo, observando sempre os objetivos e respeitando os limites das crianças. Toda atividade física, seja ela de caráter formal ou não, possui um objetivo de estimular valências físicas muito importantes para o desenvolvimento das crianças como, por exemplo, o equilíbrio e a coordenação. É importante salientar que elas necessitam de um conjunto de atividades físicas para um desenvolvimento integral e harmonioso. Assim sendo:

1. Atividades que envolvam saltos e aterrissagens como a ginástica artística, que promovem a estimulação do bom desenvolvimento da ossatura infantil e do esqueleto;

2. Atividades de intensidade moderada (caminhadas) e vigorosa (corridas) que promovem a estimulação e o bom desenvolvimento do aparelho cardiorrespiratório;

3. Atividades que estimulem a realização de uma resistência maior do que a exercida normalmente e ajuda a fazer com que a criança tenha um melhor desenvolvimento muscular em termos de força e resistência.

0 AOS 2 ANOS

Nessa fase é importante estimular as crianças da maneira mais diversa possível e respeitar sempre o limite e o gosto da mesma. Assim sendo, devemos fazer com que a criança role, rasteje, engatinhe, quadrupeje, ande, salte com os dois pés, para então levá-la à prática de uma atividade física mais específica.

2 AOS 6 ANOS

Atividades que envolvem brincadeiras e lazer. Não deve haver cobrança dos pais sobre aprendizado do esporte praticado. Esportes recomendados: natação, ginástica artística, escolinhas de esportes. Nessa fase é recomendado o “ser criança”, ou seja, correr no parque, brincar nos parquinhos, andar de bicicleta, brincar de pega-pega, esconde-esconde etc. Além de estimular o desenvolvimento das crianças, aumenta-se a relação entre pais e filhos, promove e estreita o convívio social e familiar.

DOS 6 AOS 8 ANOS

Atividades de iniciação para reforçar as habilidades específicas de cada criança. Natação, corrida, salto, futebol, capoeira, judô, surfe e ginástica artística são algumas das atividades indicadas.

DOS 9 AOS 12 ANOS

Adequado para atividades que requisitam velocidade. Recomenda-se a prática de natação, ciclismo e atletismo.

APÓS OS 13 ANOS

A partir dessa idade, os torneios e as competições já estão liberados. É necessário, porém, que haja prevenção contra lesões físicas e traumas psicológicos.

Atualizado em 10 de abril de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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