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Pesquisadores se dizem surpreendidos com a pesquisa feita em todas as capitais brasileiras ao descobrir que pessoas das classes A e B, com curso superior e jovens (de 16 a 34 anos), são o perfil dos pacientes que usam a internet para se autodiagnosticar, segundo levantamento do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), entidade de pesquisa e pós-graduação na área farmacêutica.
O terceiro estudo do instituto sobre o tema apontou que 41% dos brasileiros fazem autodiagnóstico pela internet. Desses, 64% têm formação superior. Entre os motivos alegados por estas pessoas está o imediatismo e a facilidade.
Na pesquisa anterior, de 2016, o índice de autodiagnóstico online foi de 40%. Na edição atual, os pesquisadores resolveram traçar o perfil de quem busca diagnósticos na internet pois na pesquisa anterior, não havia esse recorte socioeconômico.
É uma novidade e foi algo que surpreendeu muito, porque imaginávamos que quem se autodiagnosticava eram pessoas que não têm acesso ao médico, mas, pesquisando mais a fundo, são pessoas das classes A e B, esclarecidas e com poder econômico para buscar uma informação de saúde mais concreta e consciente.
Como a maior parte das doenças começa com sintomas comuns a boa parte das doenças como a dor, febre, indisposição, sintomas mais gerais.
Se o paciente se automedica e não espera a progressão, pode estar mascarando uma doença. Uma dor abdominal pode ser azia e má digestão, mas, se você faz uso constante de um antiácido, pode estar retardando um diagnóstico de câncer de estômago.
Em 2016, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu os critérios para que medicamentos pudessem ser considerados isentos de prescrição médica, entre eles não ter potencial para causar dependência, não ter indicação para doenças graves e ser tomados por curto período de tempo. Do outro lado se encontram os antibióticos, medicação que causam dependência entre outros.
Recomendamos que as pessoas que usam a internet para se informarem sobre doenças, que utilizem informações de lugares confiáveis como os das Universidades, de Grandes Hospitais e organizações sérias.
Em julho a revista Veja também publicou uma reportagem de capa sobre as “Fake News” na saúde, entre elas uma que atinge de frente as crianças, que é a propagação da ligação entre a vacina de sarampo e autismo, que já foi demonstrada através de pesquisas e trabalhos científicos que não ocorre e que a vacina de Sarampo é muito segura.
Nós da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, do Instituto Pensi, do Autismo & Realidade e do Sabará Hospital Infantil procuramos através de nossas redes sociais (que impactaram mais de 2 milhões de pessoas em 2017), levar boa informação aos nossos leitores. Está na nossa Missão difundir conhecimento sobre saúde infantil, e fazemos isso dentro dos nossos Valores: Ética e Conhecimento.
Saiba mais:
Autor: Dr. José Luiz Setúbal
https://veja.abril.com.br/tveja/em-pauta/fake-news-e-saude-uma-equacao-que-leva-a-morte/
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.