PESQUISAR
A classificação dos filmes e dos programas de TV é baseada em critérios e os pais precisam ter controle sobre isso
Já falamos sobre este assunto aqui no blog, mas é sempre bom destacar que os pais precisam controlar um pouco o que seus filhos assistem no cinema ou na TV.
Muitas vezes, personagens violentos em filmes são retratados em vários comportamentos de risco. Esses exemplos poderiam influenciar os jovens mais suscetíveis a assumir atitudes semelhantes, um comentário pontuado em um estudo realizado este mês na revista Pediatrics chamado “Representação de álcool, sexo violento, personagens do filme e comportamentos relacionados ao tabaco”.
Os pesquisadores analisaram e avaliaram o conteúdo dos filmes de maior bilheteria de 1985 a 2010. Três quartos tinham um personagem principal violento envolvido em, pelo menos, uma situação de risco frequentemente relacionada ao álcool e/ou sexo. Os classificados como PG-13 e R (para maiores de 13 anos) pela Motion Picture Association of America (MPAA) descreveram esses múltiplos riscos a preços semelhantes. Representações de uso do tabaco diminuíram drasticamente nesses filmes ao longo do tempo, enquanto que o consumo de álcool caiu ligeiramente.
De acordo com os autores, a interpretação de vários comportamentos de risco é preocupante porque filmes violentos apelam para certos adolescentes, particularmente aqueles que são “buscadores de sensações”. Isso pode encorajar tais jovens a experimentar drogas, tabaco, álcool ou sexo. Os pesquisadores observam que a MPAA não pode ser sensível ao problema de representações compostas de risco ao atribuir classificações aos filmes.
Como se vê, a classificação dos filmes e dos programas de TV é baseada em critérios que, muitas vezes, escapam do que queremos dar de exemplo aos nossos filhos, inspirando o uso de tabaco, álcool e drogas ilícitas, além de comportamentos de risco, agressivos e comportamento sexual. Cabe aos pais e familiares este controle.
Por Dr. José Luiz Setúbal
Fonte: “Violent Film Characters’ Portrayal of Alcohol, Sex, and Tobacco-Related Behaviors” | Pediatrics