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Recebemos no Hospital Sabará a visita do Professor Charles Nelson III, um pesquisador mundialmente famoso que atua no Centro de Desenvolvimento Infantil (CDC) de Harvard. Muitas de suas perguntas foram sobre autismo. Na região metropolitana de São Paulo, temos pelo menos 3 associações (ONGs) que lidam com o tema especificamente.
Em resposta a novos dados os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, diz que 1 em cada 68 crianças norte-americanos foram diagnosticados com um transtorno do espectro do autismo , a Academia Americana de Pediatria (AAP) destaca a necessidade contínua e urgente para a seleção culturalmente sensíveis e de acesso a intervenções eficazes para todas as crianças. Essas taxas crescentes certamente ressaltam a necessidade de melhorar a nossa compreensão das causas do autismo e trabalhar na prevenção.
Os dados do CDC foram coletados pela Rede de Monitorização do Autismo e Deficiências do Desenvolvimento e foram publicados hoje no Morbidity and Mortality Weekly Report do CDC . Os dados indicam o número de crianças diagnosticadas com transtorno do espectro do autismo até 8 anos de idade em 2010. A prevalência representa um aumento de 30 por cento nos últimos dois anos.
A AAP defende rastreio precoce de distúrbios do espectro do autismo, diagnóstico precoce e encaminhamento para uma intervenção eficaz, coordenada pelo pediatra da Unidade Básica de Saúde ou Saúde da Família. A pesquisa mostra que a intervenção precoce pode melhorar consideravelmente o desenvolvimento das crianças em longo prazo e os comportamentos sociais. A AAP continua empenhada em fornecer aos seus 62 mil pediatras de membros com as ferramentas e treinamento necessário para identificar adequadamente as crianças com transtornos do espectro do autismo e encaminhá-las para o tratamento e serviços de que necessitam.
Se a AAP com toda a força que tem, além de recursos faz toda esta campanha e esforço, no Brasil estamos muito longe disto, as entidades que lidam com o autismo têm dificuldades de trabalharem juntas, os diagnósticos são ainda raros e as Unidades Básicas de Saúde e o Programa de Saúde da Família, estão mais preocupados (talvez com razão) com outras doenças mais prevalentes. Enquanto isto, o sofrimento das crianças autistas e suas famílias, sobretudo as menos favorecidas continuará, seja pelo preconceito, seja pela falta de diagnóstico, como foi mostrado em uma novela recente.
Autor: Rede de Monitorização Dr. José Luiz Setúbal
Fonte: http://www.cdc.gov/mmwr/