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Por que limitar o uso de mídia do seu filho?
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Por que limitar o uso de mídia do seu filho?

Por que limitar o uso de mídia do seu filho?

22/01/2020
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As crianças e os adolescentes de hoje estão crescendo imersos na mídia digital. Eles são expostos à mídia de todas as formas, incluindo TV, computadores, smartphones e outras telas. Isso é motivo de preocupação para os pais, professores, pediatras e estudiosos da infância e juventude de maneira geral. Como a mídia pode influenciar o modo como as crianças e os adolescentes se sentem, aprendem, pensam e se comportam? De olho nisso, queremos ajudar aos pais e interessados na vida da criança e adolescente a incentivarem os seus filhos a formar e praticar hábitos saudáveis de uso da mídia.

Fatos sobre o uso de mídia digital:

• No Brasil, 86% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos são usuários de internet, o que corresponde a 24,3 milhões de pessoas.
• No Sudeste, 91% acessam a rede. Um em cada dez adolescentes entre 11 e 17 anos já teve contato com conteúdo sobre formas de cometer suicídio, mesmo percentual para materiais sobre uso de drogas.
• Segundo a pesquisa, oito em cada dez crianças e adolescentes do Brasil assistem a vídeos, programas, filmes ou séries na internet.
• Quase 75% dos adolescentes americanos possuem um smartphone. Eles podem acessar a Internet, assistir TV e vídeos e fazer download de aplicativos interativos (aplicativos). Aplicativos móveis permitem compartilhamento de fotos, jogos e bate-papo por vídeo.
• 25% dos adolescentes americanos se descrevem como “constantemente conectados” à internet.
• 76% dos adolescentes usam pelo menos um site de mídia social. Mais de 70% dos adolescentes visitam vários sites de mídia social, como Facebook, Snapchat e Instagram.
• 4 de 5 famílias possuem um dispositivo usado para jogar videogame.

Por que limitar o uso de mídia?

O uso excessivo de mídia e telas digitais pode colocar seu filho ou adolescente em risco de alguns problemas. Veja a descrição dos 5 mais comuns:

1. Obesidade. Pesquisas científicas mostram que o uso excessivo da tela, além de ter uma TV no quarto, pode aumentar o risco de obesidade. Adolescentes que assistem mais de 5 horas de TV por dia têm 5 vezes mais chances de estar acima do peso do que os adolescentes que assistem de 0 a 2 horas. Assistir TV por mais de 1,5 horas diárias é um fator de risco para obesidade em crianças de 4 a 9 anos de idade. Isso se deve em parte ao sedentarismo e também pelo fato de os espectadores serem expostos à publicidade de alimentos com alto teor calórico. Os espectadores também têm mais chances de comer ou comer demais enquanto assistem à mídia na tela.

2. Problemas de sono. Crianças e adolescentes que passam mais tempo com as mídias sociais ou que dormem com dispositivos móveis em seus quartos correm maior risco de ter problemas com o sono. A exposição à luz (particularmente a luz azul) e o conteúdo estimulante das telas podem atrasar ou atrapalhar o sono e ter um efeito negativo na escola.

3. Uso problemático da internet. As crianças que usam demais a mídia online podem correr o risco de passar por problemas na internet. Por exemplo, a maioria dos jogadores de vídeo pesados passam a maior parte do tempo livre online e mostram menos interesse em relacionamentos offline ou “da vida real”. De 4% a 8% das crianças e adolescentes podem ter problemas para limitar o uso da Internet, e quase 10% dos jovens americanos de 8 a 18 anos podem ter distúrbios nos jogos na Internet. Pode haver riscos aumentados de depressão nas extremidades alta e baixa do uso da Internet. Crianças e adolescentes costumam usar mídia de entretenimento ao mesmo tempo em que fazem outras coisas, como trabalhos de casa. Essa multitarefa pode ter um efeito negativo na escola.

4. Comportamentos arriscados. A exposição de adolescentes por meio da mídia ao álcool, uso de tabaco ou comportamentos sexuais está associada ao início precoce desses comportamentos. Outro comportamento arriscado é o Sexting, que significa enviar imagens nuas ou seminuas, bem como mensagens de texto sexualmente explícitas usando um telefone celular. Cerca de 12% dos jovens entre 10 e 19 anos já enviaram uma foto sexual a outra pessoa. Os adolescentes precisam saber que, depois que o conteúdo é compartilhado com outras pessoas, eles podem não ser capazes de excluí-lo ou removê-lo completamente. Outro risco é que os agressores sexuais podem usar redes sociais, salas de bate-papo, e-mail e jogos online para entrar em contato e explorar crianças.

5. Cyberbullying. Crianças e adolescentes online podem ser vítimas de cyberbullying. O cyberbullying pode levar a problemas sociais, acadêmicos e de saúde negativos a curto e longo prazo, tanto para o agressor quanto para o alvo. Felizmente, programas para ajudar a prevenir o bullying podem reduzir o cyberbullying.

Hoje, as crianças estão crescendo em um momento, no qual há muitas de experiências altamente personalizadas de uso da mídia. Por isso, os pais devem desenvolver planos personalizados de uso da mídia para seus filhos. Esses planos devem levar em consideração a idade, a saúde, a personalidade e o estágio de desenvolvimento de cada criança. Todas as crianças e adolescentes precisam de sono adequado (8 a 12 horas, dependendo da idade), atividade física (1 hora) e tempo longe da mídia. Os pais podem e devem criar um Plano de Uso de Mídia Familiar, deixando combinado quanto tempo, onde, quando e como usar as mídias sociais.

Algumas diretrizes para o uso saudável da mídia

• Descubra que tipo e quantidade de mídia são usados e quais comportamentos são apropriados para cada criança – e para você. Coloque limites consistentes nas horas de uso da mídia e nos tipos de mídia usados.
• Verifique o uso da mídia de seus filhos para verificar sua saúde e segurança.
• Evite a exposição a dispositivos ou telas por 1 hora antes de dormir. Não deixe seus filhos dormirem com dispositivos como smartphones.
• Desencoraje a mídia de entretenimento enquanto faz a lição de casa.
• Planeje tempos livres de mídia juntos, como jantares em família.
• Escolha locais desconectados e sem mídia em residências, como quartos.
• Participe de atividades familiares que promovam o bem-estar, como esportes, leitura e conversação.
• Dê um bom exemplo, desligue a TV e ligue o “não perturbe” no smartphone durante os períodos sem mídia com sua família.
• Compartilhe as regras de mídia da família com cuidadores ou avós para ajudar a garantir que as regras sejam consistentes.
• Converse com seus filhos e adolescentes sobre cidadania e segurança online. Isso inclui tratar os outros com respeito online, evitar cyberbullying e sexting, desconfiar de solicitações online e proteger a privacidade.
• Incentive a escola do seu filho a ensinar cidadania digital.

Fontes:
1. Pesquisa TIC Kids Online Brasil
2. Mídia digital e seus filhos e adolescentes: TV, computadores, smartphones e outras telas (Copyright © 2016 American Academy of Pediatrics)

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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