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Saúde mental: qual a real importância desse tema?
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Saúde mental: qual a real importância desse tema?

Saúde mental: qual a real importância desse tema?

11/12/2018
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Estamos no meio de uma discussão sobre planos de saúde no Brasil, mas se engana quem pensa que isso só ocorre por aqui

Precisamos lembrar que em boa parte do mundo dito desenvolvido, a saúde pública de qualidade é predominante, portanto poucos tem necessidade de ter um plano privado.

Nos EUA, isso não é verdade, tem acesso a saúde só quem tem plano de saúde, esta é a norma básica, com algumas exceções, como crianças e idosos.

Num artigo de agosto de 2018 da revista Pediatrics, eles mostram um estudo sobre saúde mental, um problema que parece estar aumentando na população pediátrica.

As famílias americanas gastaram menos com os serviços de seus filhos após a aplicação da Lei federal de Parentalidade em Saúde Mental e Vício em Equidade, mas as reduções de custos foram modestas e provavelmente fizeram pouco para reduzir o encargo financeiro para as pessoas com necessidades mais intensas.

De acordo com o estudo, “Paridade Federal e Gastos por Doença Mental“, que analisou reivindicações de pacientes internados, ambulatoriais e farmacêuticos de três seguradoras nacionais para o período de 01 de janeiro de 2008 até 31 de dezembro de 2012, conforme fornecido pelo Health Care Cost Institute.

Pesquisadores identificaram crianças de três a 18 anos com problemas de saúde mental que estavam continuamente matriculados em cobertura médica.

Eles descobriram que aqueles que se inscreveram em planos sujeitos a paridade gastaram em média US$ 140 a menos por ano em custos diretos para serviços desse âmbito do que o esperado, dadas as tendências do grupo de comparação. As crianças que estavam em ou acima do percentil 85 na despesa total, gastaram uma média de US$ 234 a menos por ano gasto do que teria sido o esperado.

A lei de paridade exigia planos de saúde grupal que oferecessem benefícios de saúde e desordem de uso de substâncias para impor requisitos financeiros mais restritivos (por exemplo, compartilhamento de custos, franquias e limites de visita) ou limitações de tratamento (por exemplo, requisitos de pré-autorização) em serviços de saúde nessa área e uso de substâncias para serviços médicos gerais.

Entre as crianças com problemas de saúde mental em geral, a média anual de gastos durante os anos de referência do estudo (2008-2009) foi de US $ 824, em comparação com US $ 5.453 entre as crianças do grupo de maior gasto. Segundo estimativas anteriores, pelo menos 20% das crianças e adolescentes têm uma condição diagnosticável.

Como podemos ver, o problema de saúde nessa área é sempre de difícil solução, seja ele de responsabilidade pública ou privada. Cada um tem seus benefícios e malefícios, e implicam na decisão da sociedade uma definição do quanto ela quer ou está disposta a gastar na saúde de sua população.

Leia mais artigos no blog do Hospital Infantil Sabará:

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

Fonte: Pediatrics July 2018 From the American Academy of Pediatrics

Federal Parity and Spending for Mental Illness

Alene Kennedy-Hendricks, Andrew J. Epstein, Elizabeth A. Stuart, Rebecca L. Haffajee, Emma E. McGinty, Alisa B. Busch, Haiden A. Huskamp, Colleen L. Barry

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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