PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
Seu filho não dorme? Existe luz no fim da cama
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
Seu filho não dorme? Existe luz no fim da cama

Seu filho não dorme? Existe luz no fim da cama

22/11/2016
  4352   
  0
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

Tem sido muito frequente as queixas de famílias, não somente de bebês pequenos, mas também de crianças mais velhas, no que se refere às dificuldades de sono dos filhos.

Com os despertares frequentes dos bebê e crianças, as noites viram um caos e, consequentemente, o dia se torna muito desgastante para todo mundo. Em meio à exaustão de noites mal dormidas, os pais não conseguem nem entender o que está acontecendo com o filho e, por tabela, não sabem como agir para mudar esta situação. Neste contexto acabam se apegando em estratégias paliativas como forma de minimizar o cansaço: colocam o filho para dormir na mesma cama, ou a mãe/pai se mudam para o outro quarto, ou passam a noite dando colo ou mamadeira como maneira de se conseguir dormir algumas horinhas seguidas. No fim, muitas vezes, se contentam com muito pouco e, mesmo com todo este esforço, todos estão esgotados.

O problema destes bebês e crianças não é o fato de acordarem no meio da noite, afinal de contas, todos nós temos breves despertares próprios do ciclo de sono, mas a incapacidade de retomarem o sono sem precisarem de ajuda. Essa dinâmica, geralmente, acontece devido às dificuldades comportamentais, associadas aos seguintes fatores:

  • HÁBITOS DE SONO: geralmente são bebês/crianças em que as associações de sono, ou seja, os gatilhos para conseguirem dormir, estão relacionados a algo ou alguém. Por exemplo: colo/ninar, leite, presença de um adulto do lado etc. Neste contexto, sempre que acordam, precisam do mesmo modo que iniciaram o sono para voltarem a dormir no meio da noite, a cada despertar.

 

  • ROTINA: como bebês e crianças não têm noção de tempo, é através das atividades da rotina que eles percebem que a hora de dormir está se aproximando. São necessárias pistas concretas para que o bebê/criança se dê conta de que a hora de ir para o berço/cama está se aproximando. Dormir no sofá, assistindo TV, mamando ou no colo de mamãe, são situações em que a criança não percebe de modo consciente de que foi dormir (apenas adormeceu). Depois, pode ser muito angustiante para os pequenos, ao acordarem no meio da noite, se encontrarem em outro lugar e contexto, ou seja, no berço/cama, sem leite e sem a mamãe com eles.

 

  • EFEITO VULCÂNICO: sem o descanso da soneca, o acúmulo de cansaço vai crescendo e se intensificando, como um vulcão, até a criança ficar completamente exausta, elétrica e incapaz de parar a explosão. O resultado é uma batalha intensa na hora de dormir com uma criança “pilhada”, ou um bebê que não consegue adormecer, não importando o quão cansado esteja! Isso acontece porque o cortisol, hormônio que sinaliza a vigília, é liberado em quantidades maiores quando a pressão do sono se instala e o descanso não ocorre. Ou seja, quanto mais tempo acordada, mais cortisol em seu corpinho, mais choro de irritação, que libera mais cortisol ainda, e mais dificuldades de dormir, além de poder acordar muito cedo também pela manhã no dia seguinte. Apesar de parecer paradoxal aos olhos de um adulto, isso explica porque a criança muito exausta, ao invés de adormecer facilmente, luta contra o sono. Logo, aquela ideia de segurar o bebê/criança acordado(a) durante o dia para dormir melhor à noite é mito e o efeito pode ser justamente o contrário.

 

Atualmente, existe o trabalho profissional da consultora do sono. No Brasil, ainda é pouco difundido, mas em países como a Austrália, Estados Unidos, Canadá e vários outros da Europa já existe há mais de 10 anos. São profissionais que dão suporte às famílias com crianças que passam por problemas de sono. Uma Consultora do Sono analisa cada caso e elabora junto com os pais o plano de sono que, além de apoderar a família e cuidadores de orientações e informações sobre o sono da criança, inclui também os métodos e estratégias para ajudar o filho a aprender a dormir por si mesmo e a noite toda. No entanto, como toda mudança de hábito, exige um período de adaptação, nem sempre é fácil para os bebês/crianças e muito menos para a família. Neste sentido, a consultoria do sono inclui também neste serviço toda a retaguarda e suporte aos pais durante este processo, para que se sintam seguros em seguir em frente.

Os bebês, após o sexto mês, quando já almoçam e jantam, apresentam condições e necessitam dormir a noite toda. Geralmente o recomendado é que bebês e crianças durmam entre 11-12 horas de sono seguidas durante a noite. Além disso, eles também precisam ter pai e mães descansados para que tenham condições e qualidade de vida para cuidar e curtir todas as suas fases e conquistas. Dormir bem é uma necessidade vital e não um luxo, independentemente da idade; ou seja, precisa ser encarado como uma prioridade na vida de todos!

Leia também: Cadê?! Chorou… Achou!

www.horadenanar.com.br

contato@horadenanar.com.br

Atualizado em 1 de outubro de 2024

Déborah Moss

Déborah Moss

Déborah Moss Psicologa, formada pela PUC- SP em 1998 Mestre em Psicologia do Desenvolvimento- USP Especialista em Neuropsicologia CEPSIC-HC Mãe de três filhos- ARIEL 12 anos, PATRICK 8 anos e ALICIA 4 anos.

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.