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Vamos diminuir o consumo de bebidas com açúcar?
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Vamos diminuir o consumo de bebidas com açúcar?

Vamos diminuir o consumo de bebidas com açúcar?

02/07/2019
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Em uma declaração política conjunta, a Academia Americana de Pediatria (AAP) e a American Heart Association (AHA) endossaram um conjunto de medidas de saúde pública – incluindo impostos sobre consumo, limites ao marketing para crianças e incentivos financeiros para a compra de bebidas mais saudáveis – reduzir o consumo infantil de bebidas açucaradas.

As principais organizações de saúde internacionais pedem aumento de impostos sobre o consumo e limites de marketing para crianças, entre outras medidas; também citam fortes evidências da associação entre açúcares adicionados e aumento do risco de doença cardíaca e outros problemas de saúde a longo prazo.

A declaração de política, “Políticas Públicas para Reduzir o Consumo de Bebida Açucarada em Crianças e Adolescentes” foi publicada na edição de abril da revista Pediatrics.

Crianças e adolescentes consomem litros de bebidas açucaradas a cada ano, incluindo bebidas esportivas (gatorade), bebidas com sabor de frutas (sucos) e refrigerantes. As Diretrizes Dietéticas para os americanos de 2015-2020 recomendam que crianças e adolescentes consumam menos de 10% das calorias provenientes de açúcares adicionados. Mas os dados mostram que as crianças e os adolescentes consomem 17% de suas calorias a partir de açúcares adicionados – quase a metade dos quais vem apenas de bebidas. Por aqui, não temo dados, mas não deve fugir muito disso.

Para as crianças, a maior fonte de açúcar adicionado frequentemente não é o que comem, é o que bebem, disse a pediatra Natalie autora do comunicado de política. Como pediatra, receio que essas bebidas açucaradas apresentem riscos reais – e evitáveis ​​- à saúde de nossos filhos, incluindo cárie dentária, diabetes, obesidade e doenças cardíacas. Precisamos de amplas soluções de políticas públicas para reduzir o acesso das crianças a bebidas açucaradas baratas.

AAP e AHA recomendam:

  1. Os formuladores de políticas locais, estaduais e nacionais devem considerar aumentar imposto de consumo, junto com uma campanha educacional que o acompanhe. Os governos federal e estadual devem apoiar os esforços para diminuir o marketing de bebidas açucaradas para crianças e adolescentes;
  2. Bebidas saudáveis, como água e leite, devem ser as bebidas padrão nos cardápios infantis e nas máquinas de venda, e os programas federais de assistência nutricional devem garantir acesso a alimentos e bebidas saudáveis ​​e desestimular o consumo de bebidas açucaradas;
  3. Crianças, adolescentes e suas famílias devem ter acesso imediato a informações nutricionais confiáveis, incluindo rótulos nutricionais, cardápios de restaurantes e propagandas;
  4. Os hospitais devem servir de modelo e estabelecer políticas para limitar ou desencorajar a compra de bebidas açucaradas.

As empresas de bebidas gastam milhões em marketing para adultos e crianças – US $ 866 milhões em 2013 – com a maioria dos adolescentes vendo pelo menos um anúncio para uma bebida açucarada todos os dias, de acordo com o Rudd Center for Food Policy and Obesity. Crianças de minorias e comunidades de baixa renda são desproporcionalmente prejudicadas pelo acesso fácil e de baixo custo a bebidas açucaradas. O mesmo ocorre no Brasil onde populações de baixa renda substitui alimento regionais e de sua cultura por alimentos altamente processado e bebidas com alto teor de açúcar como refrigerantes.

Saiba mais:

 

 

 

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

Fonte: Pediatrics April 2019, VOLUME 143 / ISSUE 4

From the American Academy of Pediatrics Policy Statement

Public Policies to Reduce Sugary Drink Consumption in Children and Adolescents

Natalie D. Muth, William H. Dietz, Sheela N. Magge, Rachel K. Johnson, AMERICAN

 

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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